FOGUETINHO

Chaintech está bombando

Focada em governo, empresa deve crescer 220% e faturar R$ 240 milhões em 2024.

22 de novembro de 2024 - 09:09
Rodrigo Resende, sócio e CEO da Chaintech.

Rodrigo Resende, sócio e CEO da Chaintech.

A Chaintech, uma integradora de tecnologia focada no governo, deve fechar o ano com um faturamento de R$ 240 milhões, uma alta de 220% frente aos resultados de 2023.

É um resultado notável para uma empresa fundada em Brasília em 2009 por um ex-funcionário da CTIS e que vem atuando de maneira discreta, pelo menos até agora, quando a empresa falou para uma extensa matéria na Bloomberg

A Chaintech trabalha principalmente com a Red Hat para o lado de infraestrutura e integração de aplicações, e com a Servicenow para a gestão dos processos e workflow.  

Alguns dos projetos já entregues incluem o Transferência Digital de Veículos (TDV) do Detran de São Paulo, uma iniciativa que envolve reconhecimento facial, assinatura digital e pagamento via Pix.

Esse projeto acaba de ser destacado pelo Gartner Eye on Innovation Awards for Government 2024.

Um projeto menos visível, mas certamente de maior porte, é o gerenciamento da base de dados biométrica do Tribunal Superior Eleitoral, que serve como base para a emissão de documentos como RG, passaporte e carteira de motorista.

Rodrigo Resende, sócio e CEO da Chaintech, começou como estagiário na CTIS, na sua época uma grande fornecedora de serviços para o governo, adquirida em 2014 pela gigante chilena Sonda. 

Resende, na época vice-presidente comercial, deixou a empresa no ano seguinte, e em 2019 entrou como consultor na Chaintech, na época uma revenda de serviços Oracle.

Depois de se tornar sócio, Resende liderou um reposicionamento do negócio, focando em parcerias com a Red Hat e Servicenow.

A receita da Chaintech, que em 2019 era de R$ 15 milhões, explodiu desde então e hoje é quase toda oriunda das duas novas parcerias, das quais a Chaintech deve estar entre os maiores canais no país. 

Hoje a Chaintech obtém 85% das receitas do setor público, mas tem planos de diversificar, e, provavelmente por isso, decidiu começar a aparecer mais. 

A partir do ano que vem, terá um time dedicado em São Paulo para buscar oportunidades, movimento que deve ser feito também no Rio de Janeiro em um segundo momento.