Claranet quer liderar em nuvem pública

A Claranet, multinacional especializada em serviços gerenciados de TI, acaba de contratar Thiago Duarte, ex-gerente de desenvolvimento de parceiros da AWS no Brasil, visando reforçar sua oferta de nuvem pública no país.

A meta é dobrar o faturamento da área de nuvem pública até 2024, triplicando o número de profissionais já nos próximos meses (a Claranet não abriu uma cifra), chegando a 1 mil colaboradores na unidade de negócios “nos próximos anos”.

A carteira de clientes, atualmente composta por aproximadamente 200 empresas que utilizam serviços de gerenciamento e suporte em nuvem pública da Claranet, também deve crescer em ritmo acelerado, dobrando de tamanho no período.

Duarte é um profissional experiente, no mercado desde os anos 90, e tem também passagens pela área comercial de Red Hat, PromonLogicalis e T-Systems, sempre em posições ligadas à infraestrutura.

Além da contratação de Duarte, a Claranet também tem nos planos investir na qualificação da mão de obra por meio da criação de um programa de excelência em nuvem pública, investindo em treinamentos e certificações dentro e fora do Brasil. 

A ideia é montar uma equipe de especialistas para responder do pré-vendas até o suporte ao cliente, operando a partir de um centro de excelência especializado em nuvem pública.

Em nota, a Claranet explica que já oferecia projetos com nuvem pública no Brasil desde a abertura da sua operação local, em 2016, mas que até agora o foco principal estava nas áreas de nuvem privada e cibersegurança.

Hoje, a Claranet afirma ter 1 mil certificações cloud na sua equipe (um profissional pode ter mais de um certificado), além de 2,5 mil clientes na sua nuvem própria, oriunda da compra da Mandic em 2021.

“Estamos trabalhando fortemente para consolidar o mercado brasileiro de nuvem pública, a exemplo do que foi feito pela Claranet na Europa”, comenta Edivaldo Rocha, CEO da Claranet, agregando que a meta é ser “a maior empresa empregatícia na área de tecnologia do Brasil”.

É um plano ousado, em um mercado que ainda é bastante fragmentado. No relatório da ISG para o ecossistema AWS no Brasil em 2022, por exemplo, são listados 40 fornecedores.

A Claranet aparece entre os líderes de três quadrantes. BRLink, Compass UOL, dataRain, Dedalus, IPsense, Logicalis, Nextios e Tivit estão no topo, com quatro cada uma. 

Dinheiro por outro lado existe para todo mundo. De acordo com o IDC, o mercado de nuvem pública deve girar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões ao ano no país.

“Queremos apoiar a decisão de ida para a nuvem pública, acompanhando as empresas em toda a sua jornada. É assim que planejamos nos estabelecer como líderes na oferta de serviços de public cloud no Brasil”, afirma Duarte.