
Adriano Hada, diretor e responsável pela unidade CP da Schneider Electric. Foto: Divulgação
A compra da gaúcha CP Eletrônica, em julho de 2012, fez a oferta de TI da Schneider Electric no Brasil saltar de pontual para expansiva.
Antes focada em soluções bastante específicas para ambientes de alto nível de controle, como os de TI, ou elevada proteção e criticidade, como óleo e gás, hoje a companhia pode fornecer infraestrutura e gestão de energia para qualquer setor.
É o que conta Adriano Hada, diretor de Secure Power Systems da multinacional e responsável pela unidade CP by Schneider Electric.
Com faturamento de R$ 33,4 milhões em 2011 (último exercício divulgado), a CP também agregou à operação da compradora uma estrutura de Pesquisa e Desenvolvimento com cerca de 15 pessoas alocada em Porto Alegre e uma fábrica local de onde saem estabilizadores, no breaks e retificadores da marca.
Além disso, a compra incrementou a atuação da Schneider no setor de inversores solares, tecnologia em que a empresa gaúcha é pioneira em desenvolvimento no país e atende a clientes do porte de Medabil.
“Tínhamos alguma atuação neste setor, mas muito tímida no Brasil. Com a CP, este é um mercado em que projetamos crescer muito. Já fechamos contratos nesta área, no Rio Grande do Sul e outros estados, e temos metas bastante agressivas para os próximos meses”, afirma Hada, sem divulgar números ou nomes.
Se a oferta faz pensar em clientes grandes, é bom saber que a Schneider Electric também dá atenção ao SMB.
MUITO ALÉM DO NO BREAK
Conforme Marcia Thieme, diretora de Vendas HBN da Schneider Electric, o mercado de pequenos escritórios – leia-se aqueles a partir de 15 colaboradores – está no foco da companhia com soluções de racks de infraestrutura elétrica para TI.
“As empresas podem ter reduções de custo muito significativas ao adotar nossas soluções, que permitem adequação a ambientes de armazenamento de qualquer fabricante de TI”, comenta ela. “O SMB pode se beneficar muito de nossa oferta, que vai bem além do no break”, completa.
BRASIL
A Schneider Electric emperga mais de cinco mil colaboradores no Brasil, onde tem 13 filiais comerciais e fábricas em Curitiba, Blumenau, Porto Alegre, Caxias do Sul, Guararema, Sumaré, Fortaleza, Manaus e duas em São Paulo.
CARRINHO CHEIO NO BRASIL
A Schneider Electric vem fazendo uma compra por ano no Brasil desde 2010, quando adquiriu o paulista Grupo Steck, do segmento de baixa tensão e uma expectativa de faturamento divulgada então na casa dos R$ 180 milhões para 2011.
No ano seguinte, foi a vez da SoftBrasil, outra companhia paulista, esta atuante na área de tecnologia para gestão da informação industrial, otimização de processos, telemonitoramento e automação industrial.
Em 2012, veio a já comentada CP.