
Onze cronistas escreveram o livro Maria Volta ao Bar. Foto: Divulgação.
Durante seis meses, onze cronistas se reuniram semanalmente no bar Apolinário, localizado na Cidade Baixa, bairro de intensa vida noturna e reduto de artistas e boêmios porto-alegrenses, para escrever crônicas inspiradas na obra de Antônio Maria. Ele foi um dos grandes nomes do gênero, ao lado de Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Vinicius de Moraes, entre outros.
O resultado da boemia literária está reunido no livro Maria Volta ao Bar, que será lançado nacionalmente no dia 15 de outubro, no próprio Bar Apolinário, data que lembrará também os 50 anos da morte de Antônio Maria Araújo de Morais.
Um dos participantes envolvidos é o jornalista Felipe Basso, que assina coluna no Baguete Diário.
Além de recuperar o nome do cronista brasileiro, a oficina literária também conseguiu recuperar o clima de amizade vivido pelos cronistas daquela época. As crônicas eram feitas na mesa do bar, entre chopes, petiscos, conversas e muito bom humor, proporcionando um ambiente favorável a criatividade e a literatura.
“A oficina pretendeu ir além da produção textual. Foi um momento para passarmos a limpo a vida, a semana, as alegrias e aflições. Para criarmos vínculos que transitassem para além da ortografia ou da gramática”.
A mecânica de funcionamento da oficina vem do projeto Santa Sede – Crônicas de Botequim, organizado pelo escritor Rubem Penz desde 2010 e que já conta com cinco coletâneas publicadas.
Antônio Maria Araújo de Morais nasceu em Pernambuco em 1921 e se mudou para o Rio de Janeiro no início da década de 1940. Como compositor, gravou mais de 60 canções. Como cronista, escreveu mais de 3 mil crônicas para publicações como “O Jornal”, “O Globo”, entre outros. Foi também Diretor Artístico da TV Tupi e roteirista de programas de humor.