
Assange: Equador, minha casa, minha vida. Foto: http://www.flickr.com/photos/lestudio1
O enfant terrible dos líderes mundiais agora pode ir para um novo lar. O presidente do Equador, Rafael Correa, concordou nesta terça, 14, em conceder asilo político a Julian Assange, o criador do Wikileaks.
A notícia foi divulgada em primeira mão pelo jornal inglês The Guardian. Assange aguardava o resultado da decisão desde o dia 19 de junho, quando fugiu de sua prisão domiciliar e ingressou na embaixado do Equador em Londres.
Na última segunda-feira, Correa apareceu na ECTV e declarou que tomaria uma decisão sobre o assunto ainda esta semana, e que decidiria após analisar uma enorme quantidade de material sobre legislação internacional para adotar um posicionamento responsável.
Após a decisão da corte britânica em última instância para extraditar o jornalista de volta à Suécia, Assange escapou de sua prisão domiciliar e se alojou na embaixada equatoriana.
"A perseguição da qual sou alvo em diversos países deriva não só de minhas ideias e ações, mas de meu trabalho ao publicar informações que comprometem os poderosos, de publicar a verdade", diz Assange na carta lida pelo chanceler equatoriano.
A Corte Suprema britânica anunciou em junho que o recurso feito por Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. A partir de então não restavam mais possibilidades de reversão da sentença do jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.
Com a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos em Estrasburgo.
POLÊMICO
O fundador do WikiLeaks, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi detido em Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas autoridades da Suécia.
Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra. Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.