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Extreme Digital Solutions leva pregão de nuvem

Companhia fez pacote com nuvens da AWS, Huawei e Google por R$ 65,94 milhões.

07 de abril de 2021 - 13:10
Brasília está construindo uma nova infraestrutura de TI.

Brasília está construindo uma nova infraestrutura de TI.

A Extreme Digital Solutions, uma empresa de médio porte com forte presença no setor público, foi a ganhadora do pregão da para escolher uma integradora de nuvem pública para o governo federal, com uma proposta de R$ 65,94 milhões.

A empresa fez uma proposta combinando as nuvens da AWS, Huawei e Google. O edital pedia um mínimo de duas nuvens, fornecidas por empresas com datacenter no Brasil, o que é o caso das três multinacionais.

O edital foi disputado, com 20 propostas diferentes. A segunda melhor proposta veio da Claro/Embratel, que é a atual integradora, atuando com nuvem da AWS. A dupla pediu R$ 71,44 milhões e está recorrendo do resultado.

Ao todo, são quatro recursos apresentados até agora vindos da Globalweb, AX4B e Telefônica, terceiro, quarto e quinto melhores lances no pregão, respectivamente: R$ 84,04 milhões; R$ 85,69 milhões e R$ 89,52 milhões.  

Os descontos oferecidos foram significativos, uma vez que a licitação chegou a ser estimada inicialmente em R$ 340 milhões.

A Extreme Digital Solutions já passou pela qualificação jurídica, fiscal, trabalhista e econômico-financeira.

E quem é a Extreme Digital Solutions, afinal?

Como muitas empresas que atuam principalmente com setor público, trata-se de uma companhia discreta, que não costuma fazer grandes divulgações ou investimentos em marketing.

A empresa tem 317 funcionários com perfis no Linkedin, sede em São Paulo e filiais em Brasília e Rio de Janeiro. A EDS tem o nível 3 no modelo de qualidade de software CMMI, um selo atingido por relativamente poucas empresas no país.

Fundada ainda em 2014, a empresa já lista como clientes no seu site 46 órgãos de governo em diferentes esferas, indo desde de os Correios até o governo do Maranhão, passando por estatais estaduais de processamento de dados como Proderj e Prodesp, a Câmara de Deputados e a Justiça Federal.

O CEO é Márcio Moreira, ex-diretor de vendas do Grupo TCI e gerente de TI entre 2005 e 2011 da Imprensa Oficial, órgão que imprime, entre outras coisas, o Diário Oficial.

Caso no final leve mesmo o contrato, a EDS pode faturar bem acima do que os lances do pregão, na medida em que mais compradores vão aderindo ao edital.

Organizada pelo Ministério do Planejamento ainda no governo Michel Temer, em 2018, a primeira licitação do tipo, vencida pela Embratel com a nuvem da AWS contratou um valor inicial de R$ 30 milhões para 10 órgãos.

Com 13 adesões posteriores, o valor chegou a R$ 55 milhões. 

Dessa vez, mais órgãos do governo embarcaram já no começo. O edital já saiu com 44 interessados.

O edital prevê uma contratação inicial do integrador por 24 meses, mas com possível ampliação para 60 meses. 

A ata de registro de preços, a partir da qual são feitas as adesões posteriores, vale por 12 meses.