
CEO da Ford, Jim Farley
Algum funcionário descontente com os planos de retorno ao escritório da Ford resolveu protestar, sequestrando os monitores das salas de conferência na sede da gigante de carros americanas em Dearborn, nos Estados Unidos.
Segundo revela o site especializado The Autopian, as telas estavam travadas com uma imagem do CEO da Ford, Jim Farley, com um sinal de proibido sobre o rostro e o slogan “F**k RTO".
RTO é a inevitável sigla de três letras para “retorno ao escritório” em inglês, e “F**k” parece uma forma mais educada de escrever “fuck”. As imagens estão circulando nas redes sociais.
Na prática, o “sequestro” parece ter durado pouco, porque equipes de TI resetaram as telas em pouco tempo e agora estariam à busca do autor do protesto.
O que tem lá a sua graça também, porque o mais provável é que o autor seja ele mesmo da área de TI da Ford, uma vez que fazer algo assim exige algum conhecimento sobre as redes da empresa.
A Ford confirmou o caso, mas não quis dar mais detalhes sobre a extensão do ataque.
Como a maioria das grandes empresas, a Ford introduziu políticas de home office na pandemia, mantendo alguns funcionários remotos e outros tantos em modelos híbridos com a volta da normalidade.
Em junho (outra vez, dentro da tendência geral) a Ford disse que estava regressando de vez aos escritórios (o tal RTO), com a maioria dos funcionários ficando obrigados a trabalhar presencialmente quatro dias por semana, começando na semana passada.
A resistência de muitos funcionários à volta ao trabalho presencial foi agravada pelo sistema de trabalho na nova sede da Ford, a ser inaugurada no mês que vem.
Como também é cada vez mais frequente, ninguém tem uma mesa fixa no prédio gigante de quase 200 mil metros quadrados, o dobro da sede atual.