SEMINÁRIO SUCESU-RS

Gartner: rumo à 4ª geração do GRC

TI deve entrar no campo da análise de performance e aconselhamento da gestão.

01 de outubro de 2012 - 09:05
Moacyr Gomes no Seminário Sucesu-RS. Foto: Baguete.

Moacyr Gomes no Seminário Sucesu-RS. Foto: Baguete.

As práticas de governança, risco e compliance devem chegar em 2016 à sua quarta geração.

Nela, a preocupação dos gestores de TI deixará de ser apenas o cumprimento de requisitos legais, ou a gestão de indicadores chave, para entrar no campo da análise de performance e aconselhamento da gestão.

É o cenário apontado por Moacyr Gomes, diretor para a América Latina do Gartner, que esteve apresentando as últimas pesquisas da consultoria sobre o tema para um público de mais de 100 CIOs gaúchos durante o Seminário Governança, Risco e Compliance, realizado pela Sucesu-RS em Gramado nesta sexta-feira, 28.

Para Gomes, o cenário de buscar apenas o compliance com leis como Sox, auditorias durou de 2004 a 2008.

Nos quatro anos seguintes, entrou em cena a preocupação com análise de indicadores de performance e risco.

Agora a fase é outra, assegura o executivo. “O tema de alinhamento com o negócio é furado”, resumiu Gomes. “O momento é de buscar influenciar nos negócios, em vez de ficar perguntando o que fazer”, afirmou.

Nos últimos 18 meses, o Gartner vem trabalhando com uma nova arquitetura de soluções de TI alinhada com a nova perspectiva em governança dividindo sistemas em inovação, diferenciação e registro.

Na comparação usada por Gomes, é como se os sistemas de registro se limitassem a constatar a existência de uma crise, os de diferenciação monitorassem na mídia social para detectar a o problema no berço e os de inovação permitissem analisar tendências que indiquem um problema futuro.

A nova abordagem de portfólio de TI preconizada pelo Gartner tem implicações na maneira como os serviços são comprados, principalmente na capada de registro, onde estão aplicações como os sistemas de gestão.

“O ERP não fazer tudo de maneira monolítica”, avaliou Gomes, no que parece uma abordagem contrária à concentração que se preconizava nos últimos anos. “A arquitetura de integração tem que ser forte o suficiente para sustentar aplicações de nicho que gerem ganhos de negócio”, completou.

Para as aplicações na camada de registro, o futuro marca uma abordagem simplificada.

“Um CIO com um dos maiores orçamentos do país me disse recentemente que o que não puder ser comprado na nuvem, nem de gaveta, nãos será comprado”, revelou Gomes.

* Maurício F. Renner acompanhou o Seminário Governança, Risco e Compliance da Sucesu-RS em Gramado à convite da entidade.