IBM é referência em computação quântica. Foto: Depositphotos.
A Globant, multinacional argentina de tecnologia com forte presença no Brasil, acaba de entrar na IBM Quantum Network, o programa de parceiros para computação quântica da Big Blue.
Com isso, a Globant passa a ter acesso aos computadores quânticos da IBM, acesso premium ao software Qiskit, especialistas, suporte, recursos de aprendizagem e eventos.
“A computação quântica não é apenas sobre velocidade: é uma nova maneira de pensar. Tornar-se parte da IBM Quantum Network é um passo importante para a Globant e as empresas com as quais trabalhamos em vários setores”, disse Dario Robak, Diretor de Computação Quântica na Globant.
O quão exclusivo é o clube? Difícil de dizer, porque a IBM não publica quais são 300 parceiros do IBM Quantum Network, e muito menos quem são os 65 na categoria “commercial partners”, na qual a Globant provavelmente se encaixa.
Por informações dispersas no site da IBM, dá para ver que o grupo inclui grandes empresas de consultoria como KPMG e EY, gigantes de tecnologias como a TCS e grandes empresas como Bosch, BP e Boeing. Os únicos brasileiros que a reportagem achou foram o Bradesco e o Itaú.
O tamanho dos parceiros faz sentido, porque computação quântica é ainda em grande medida um tema experimental, e as máquinas são complexas de operar.
A IBM tem 15 computadores quânticos, cada um com mais de 100 qubits, o que a empresa afirma ser “a maior frota do mundo” com a “maior disponibilidade entre todas as plataformas de computação quântica em operação atualmente”.
A clientela final é formada principalmente por grandes empresas e instituições de pesquisa trabalhando em coisas como simulações de moléculas para desenvolvimento de medicamentos, otimização de portfólios financeiros, modelagem de materiais avançados e pesquisas em inteligência artificial.
De acordo com o IDC, o mercado de computação quântica crescerá 41% até 2028, atingindo US$ 8,9 bilhões globalmente.
Mas na América Latina, a estimativa é demore ainda 13 anos para que as empresas integrem totalmente a computação quântica em seus negócios.
Segundo o estudo Quantum Readiness Index, do Institute for Business Value da IBM, os executivos da região relataram apenas 24% de alinhamento entre sua estratégia de computação quântica e sua estratégia de negócios.
A IBM prevê que, entre agora e o fim de 2026, a comunidade quântica terá descoberto a primeira vantagem quântica, que descreve quando os computadores quânticos podem executar um cálculo com mais precisão, mais barato ou mais eficientemente do que só um computador clássico.
