.png?w=730)
Punição prevê pena de prisão de dez anos (Foto: Depositphotos)
O governo francês sofreu uma série de ataques cibernéticos classificados pelo primeiro-ministro Gabriel Attal como “sem precedentes”, deixando diferentes sites de serviços aos cidadãos fora do ar, entre eles a administração de aviação civil e o Ministério da Economia.
Identificados na noite do último domingo, 10, os incidentes usaram o método DDoS, que deixa um servidor indisponível a partir do envio de diversas solicitações que excedem a capacidade da rede em questão.
A Cloudflare, estadunidense que fornece serviços de segurança da Internet e de servidor distribuído, chegou a detectar um evento que começou no início da manhã de domingo, sendo sustentado por cerca de seis horas, conforme reporta o The Register.
A empresa, entretanto, afirma que os ataques iniciaram na semana passada, apesar de não terem afetado em grande escala as operações do governo francês até então.
De acordo com o governo do país, os problemas “já foram repelidos” e os sistemas voltaram a funcionar.
Apesar dos autores do crime ainda não terem sido identificados oficialmente, o grupo Anonymous Sudan, que apoia a Rússia e causas islamitas, reivindicou a autoria dos ataques por meio do Telegram.
Segundo o grupo, seus alvos incluíam os ministérios da Cultura, da Saúde, da Economia e da Transição Ecológica, além dos da Aviação Civil, a direção interministerial de economia digital, o Instituto Geográfico Nacional e o gabinete do primeiro-ministro.
As autoridades francesas consideram a possibilidade, mas acreditam que o grupo não agiu sozinho, sugerindo que obteve auxílio de organizações criminosas russas, como a UserSec e 22C.
Como punição, os criminosos ficam sujeitos a uma pena de até 10 anos de prisão e a uma multa de até € 300 mil.