Grupo Isdra: QlikView com ROI de 90 dias

O Grupo Isdra, corporação gaúcha que atua em ramos como construção civil, agropecuária, alimentação, hotelaria, metalurgia, moveleiro e shopping centers, incluindo a gestão do tradicional Rua da Praia Shopping, de Porto Alegre, aderiu ao QlikView, BI da sueca QlikTech.

01 de setembro de 2011 - 16:57
Rua da Praia Shopping, um dos empreendimentos do Grupo Isdra

Rua da Praia Shopping, um dos empreendimentos do Grupo Isdra

O Grupo Isdra, corporação gaúcha que atua em ramos como construção civil, agropecuária, alimentação, hotelaria, metalurgia, moveleiro e shopping centers, incluindo a gestão do tradicional Rua da Praia Shopping, de Porto Alegre, aderiu ao QlikView, BI da sueca QlikTech.

Conforme Dilvane Siqueira, que geriu o projeto na Isdra, o contrato foi assinado em julho e o retorno do investimento – que o grupo prefere não divulgar – é esperado para o prazo “recorde” de menos de 90 dias.

A empresa, que só na área de produtos de PVC e polietileno mantém três fábricas em Sapucaia do Sul, Curitiba e Nova Odessa, implantou o BI, em uma primeira fase, nas áreas Comercial e Financeira.

O projeto é assinado pela Inteligência de Negócios, uma das três masters resellers brasileiras da QlikTech, que tem sede em São Paulo e filial em Porto Alegre, de onde atende a mais de 30 clientes no Sul, região que hoje responde por um quarto dos negócios gerais da integradora.

“Assim que assinamos o contrato, em julho, os serviços iniciaram imediatamente, e os resultados apareceram já após alguns dias de atividades, com redução significativa nos prazos de realização de atividades diversas ligadas à tomada de decisão”, afirma Dilvane.

Olho na TI
O investimento em BI é mais um da saga da Isdra na TI: para dar suporte a suas variadas operações, a corporação aposta no suporte tecnológico. Tanto que só este ano já houve também upgrade no sistema de gestão de infraestrutura, com adoção do Oracle Enterprise Manager Grid Control.

A solução, implementada pela porto-alegrense Advanced IT, facilita o monitoramento de dados na empresa.

Conforme Fabio Averbuch, administrador de Banco de Dados no Grupo Isdra, trata-se de uma ferramenta imprescindível para uma companhia que precisa gerir atividades não só no mercado brasileiro, mas também exportações para países da América Latina.

Tão imprescindível que no ano passado a Isdra já havia feito outro investimento em Oracle, desta vez no RAC 11g R2, também com consultoria da Advanced IT.

Só este projeto abrangeu aproximadamente 150 usuários do grupo, mais ou menos o mesmo time que utiliza o ERP/CRM Totvs/Protheus10, outro investimento da organização em TI realizado no ano de 2010.

O BI
Voltando ao QlikView, a Isdra não é a única a apostar no BI sueco por estas bandas: o Sul é tão forte em demanda para o software que Porto Alegre foi a primeira cidade a receber filial da Inteligência de Negócios.

Pudera: conforme declarou à reportagem do Baguete na época da abertura da unidade o diretor da IN, Roberto Guerra, a meta por aqui era somar ao menos 20 novos clientes à carteira regional já no primeiro ano.

Além da filial, a máster reseller da QlikTech também conta com revendas no Rio Grande do Sul e três parceiros no Paraná.

A companhia também atende a Santa Catarina, mesmo sem ter canais por lá.

Em todo o país, são 25 parceiros. Já o time de colaboradores diretos da empresa fica em torno de 20 pessoas.

Conforme Guerra, a demanda do mercado do Sul pelo BI sueco é grande, especialmente no setor industrial.

Mas não é só a região que aquece os negócios da parceria da QlikTech: em todo o país, já são mais de duas mil licenças do QlikView implementadas, em mais de dois mil clientesD

A bola da vez
Aliás: toda a região latino-americana é mercadão para o BI sueco.

Conforme divulgado pela própria QlikTech em março deste ano, a fabricante fechou 2010 com receita de licenciamentos 45% maior do que no ano anterior, alcançando a cifra de US$ 145,2 milhões, e, nisso, a América Latina liderou.

Só na região, as vendas cresceram não só para a IN, mas também para outros distribuidores – como, por exemplo, a Toccato, que no ano passado conquistou 53% mais clientes e expandiu a receita geral em 113% com o QlikView, em relação a 2009.

No Brasil, a Toccato também ampliou a rede de parceiros de venda em 47%, além de inaugurar uma unidade no Rio de Janeiro, criada para apoiar os parceiros cariocas e das regiões Cento-oeste e Nordeste do país.

E viva o BI!
Não se trata de uma solução isolada: o mercado de BI como um todo está aquecido na região.

A avaliação é de Ivair Rodrigues, analista do Instituto Sem Fronteiras (ISF) que, no começo deste ano, divulgou uma pesquisa sobre investimentos em TI nas empresas, na qual o BI despontou como o principal alvo dos gastos de 2011.

“Parte desta prioridade se dá ao amadurecimento do uso das ferramentas nas empresas”, afirmou Rodrigues, em entrevista ao Baguete. “Apesar de ERP ser sempre o principal projeto, isso não quer dizer que as empresas estão comprando novos ERPs. Muitas vezes, o investimento se destina a ampliar e otimizar, e nisso entra o BI”, complementou.

Conforme o especialista, os CEOs já não têm mais espaço para tomar decisões erradas e perder dinheiro com isso.

“E o BI é fundamental nesse processo”, explicou Rodrigues.