INTERNET QUE CURA

HCPA: WiFi envolve TI e não TI


15 de outubro de 2012 - 15:30
No HCPA, WiFi é aliado na recuperação de pacientes. Foto: divulgação HCPA

No HCPA, WiFi é aliado na recuperação de pacientes. Foto: divulgação HCPA

No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), um pessoal “não TI”, que inclui secretários, administradores e outros colaboradores setoriais, está fazendo as vezes de primeiro suporte no atendimento básico a usuários de acesso WiFi.

Por uma ótima causa: oferecer web móvel gratuita a pacientes e visitantes, o que estudos da instituição já comprovaram trazer bons resultados à recuperação de pessoas internadas.

O projeto iniciou em 2010, com 55 Access Points, número que hoje chega a 190, com banda total de 6 MB, velocidade média de 40 kbps por usuário, para um universo de 360 pessoas em acesso simultâneo, em horários de pico, ou uma média diária de 180 pessoas.

O investimento realizado para instalação dos equipamentos da rede sem fio, com recursos próprios, foi de R$ 213,5 mil.

Os colaboradores “não TI” foram treinados para dar orientações básicas a pacientes e familiares no uso da rede.

O treinamento, que teve duração de duas horas por setor, foi ministrado pelo Suporte do HCPA, habilitando as equipes administrativas a receber as manifestações dos usuários, fazer a triagem inicial que identifica a modalidade de acesso para cada caso (se a rede de computadores nos espaços da recreação terapêutica ou se a rede sem fio para equipamentos particulares), entre outras demandas de primeiro nível.

Para complementar o trabalho inicial, há folders e informações na intranet do HCPA sobre a habilitação de dispositivos para acesso.

As equipes setoriais também encaminham as solicitações de suporte mais avançado para a TI do hospital.

“Por questões de segurança da rede, não existe outra forma de viabilizar este acesso”, destaca Maria Luiza Falsarella Malvezzi, coordenadora de Gestão da TI (CGTI) da instituição.

Em 2011 o projeto registrou 356 solicitações de atendimento, com acesso por 1997 pacientes. Já no que vai de 2012, 2234 pacientes usaram o serviço, com 599 demandas ao suporte.

As demandas mais comuns, segundo Maria Luíza, são quanto à configuração de aparelhos cujos sistemas não reconhecem automaticamente a rede, auxílio para efetuar cadastro e configuração de notes e netbooks, entre outas.

COMO ACONTECE
Para acessar o WiFi do HCPA, o paciente ou visitante faz um pedido de habilitação de seu equipamento por meio de um formulário disponibilizado na rede.

A solicitação é atendida na Seção de Suporte à Rede, na CGTI, que verifica os dados e habilita o dispositivo.

Depois, o usuário recebe login e senha de acesso, passando a usufruir da rede, sob controles de páginas visitadas, entre outros.

A meta, segundo material divulgado pelo hospital, é adequar as limitações tecnológicas às necessidades terapêuticas individuais.

INFRAESTRUTURA
Além dos pontos de acesso já citados, a infra de TI do HCPA conta com 4,2 mil pontos de rede, 150 enlaces de fibras ópticas, 2,4 mil computadores, 400 impressoras, 70 câmeras IP de circuito fechado de TV e 50 controladores de acesso.

O universo de usuários de rede do hospital chega a 8 mil.

EFICAZ
O hospital realizou um levantamento para verificar os resultados da oferta de WiFi aos pacientes e parentes.

A maioria dos entrevistados afirmou utilizar o acesso para manter a comunicação com o meio externo, enquanto internados.

Uma resposta que vai ao encontro dos objetivos da ação, idealizada para “minimizar os efeitos do isolamento social durante a internação, através da internet”, conforme o material oficial.