
Gustavo Annarumma, Edna Massuda e José Spagnuolo, da IBM. Foto: Baguete.
A IBM apresentou nesta terça-feira, 30, o SmartCloud Enterprise Plus (SCE+), uma plataforma de nuvem privada compartilhada, com soluções integradas de governança e gestão.
A multinacional investiu R$ 40 milhões em seu datacenter de Hortolândia, no interior de São Paulo, para abrigar a oferta do SCE+.
A solução também roda em outros data centers da IBM ao redor do mundo nos Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá e Japão.
O lançamento é voltado principalmente para empresas de médio e grande porte que buscam melhor desempenho, segurança e disponibilidade para seus ambientes virtuais, sem a necessidade de maiores investimentos em infraestrutura e gerenciamento.
Para o Líder de Cloud da IBM na América Latina, Gustavo Annarumma, o SCE Plus oferece uma opção de baixo risco, voltada especialmente a empresas grandes, com um maior número de máquinas virtuais.
“Com este serviço, a IBM fica reponsável pela hospedagem e manutenção dos sistemas em nuvem, economizando tempo e dinheiro que as empresas podem redirecionar para setores como inovação, por exemplo”, ressalta.
Para Edna Massuda, Executiva de Venda de Serviços de Cloud Computing da Big Blue, o oferecimento do novo serviço pode ser um estímulo para as empresas grandes que ainda não migraram seus sistemas para a nuvem.
Segundo a executiva, em média, um empresa que necessita de 10 a 12 máquinas virtuais, gastaria cerca de R$ 20 mil por mês usando o SCE+.
“É uma alternativa para as empresas que desejam rodar e testar seus ambientes de nuvem antes de fazer investimentos pesados em infraestrutura”, destaca.
Outra possibilidade de uso para o SCE+ é para as empresas que desejam oferecer serviços em nuvem através do sistema white label, por parcerias com provedores de sistemas gerenciados.
De acordo com a empresa, o serviço oferece um ambiente dinâmico, com suporte nas plataformas Risc e Intel (x86).
“Vivemos em uma bifurcação na nuvem, com plataformas já desenvolvidas para rodar nesta nova realidade, além de uma grande carga de dados que ainda devem ser migrados para o cloud”, observa Annaruma.
ESTRATÉGIA
Para o diretor de Cloud Computing da IBM Brasil, José Luis Spagnuolo, a oferta do novo serviço no país é um movimento essencial para a estratégia de negócios da empresa.
De acordo com o diretor, atualmente cerca de 30% do faturamento da companhia vem de mercados emergentes como o Brasil.
“Além do foco em Smarter Cities/Smarter Planet e Business Analytics, acreditamos que a expansão geográfica é um ponto vital para a companhia, e a computação em nuvem é nossa aposta para sustentar este crescimento”, explica.
O executivo frisou os investimentos realizados pela companhia nos últimos anos para fortalecer o portifólio na nuvem, investindo cerca US$ 3 bilhões na área, adquirindo cerca de 60 empresas.
A estimativa de receita com cloud computing para a IBM é de US$ 7 bilhões até 2015.
* Leandro Souza viajou a São Paulo a convite da IBM