IDC: mercado RDBMS crescerá 8,2%

O mercado brasileiro de RDBMS (Relational Database Management System) deve apresentar um crescimento médio de 8,2% até 2013, segundo levantamento do IDC.

Se concretizada, a previsão representará uma aceleração do mercado, que no ano passado permaneceu estável em relação a 2008, movendo cerca de U$ 500 milhões tendo os segmentos Manufatura, Financeiro e Telecomunicação movimentado metade do total.
28 de janeiro de 2010 - 14:14
O mercado brasileiro de RDBMS (Relational Database Management System) deve apresentar um crescimento médio de 8,2% até 2013, segundo levantamento do IDC.

Se concretizada, a previsão representará uma aceleração do mercado, que no ano passado permaneceu estável em relação a 2008, movendo cerca de U$ 500 milhões tendo os segmentos Manufatura, Financeiro e Telecomunicação movimentado metade do total.

Cerca de 50% desta movimentação referiu-se a renovações, manutenção e upgrade dos sistemas, resultado da crise mundial, que fez cair a compra de novas licenças e crescer a importância dos serviços de manutenção e upgrade.

Dos principais investidores, cerca de 70%, são as empresas de grande porte, ou seja, com mais de 500 funcionários.

“Se a economia brasileira cresce, o mercado de banco de dados é o primeiro a registrar superávit. Ou seja, se as empresas registram aumento no número de informações e dados, devem investir em novas tecnologias para que tenham condições de suportar o crescimento”, afirma Samuel Carvalho, analista de mercado de software da IDC.

Câmbio
Um fator que prejudicou o setor de banco de dados foi a volatilidade cambial. As oscilações registradas durante o ano de 2009 prejudicaram a estabilidade dos contratos de médio e longo prazo e novas compras.

“Como o preço dos produtos e serviços tem relação direta com a moeda americana, este fator gerou aumento no preço dos produtos. Muitas empresas repassaram o custo adicional aos clientes“, destaca o analista Carvalho.

Venda direta
Outro dado importante do estudo Brazil Semiannual RDBMS Tracker é que aproximadamente 50% das negociações são feitas por vendas diretas, isto é, pelos próprios fabricantes.

Porém, esse número vem caindo, dando espaço para distribuidoras e integradores de serviços e sistemas. “Os fornecedores estão dando subsídios aos parceiros para que eles mesmos façam as vendas. Podemos identificar esse procedimento como uma tendência no mercado de banco de dados. Vendas diretas irão cair, e indiretas, crescer”, diz Carvalho.

Segundo o analista, na grande maioria dos contratos que estavam vigentes, as empresas negociaram e até conseguiram flexibilizá-los. “Muitos fornecedores priorizaram a manutenção de sistemas e concederam serviços adicionais aos clientes”, declara.