Duas das quatro pessoas identificadas já foram detidas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Legislativa identificou quatro pessoas que invadiram o Congresso Nacional, em 8 de janeiro, por meio de cadastros na rede de Wi-Fi da Câmara dos Deputados.
Para conseguir a conexão, os extremistas precisavam cadastrar seu nome e CPF no sistema, o que fez com que os usuários da rede produzissem uma prova da invasão contra eles mesmos.
Conforme o jornal O Globo, a informação consta em um ofício sigiloso enviado pela Câmara dos Deputados à CPI do 8 de Janeiro, que voltou a ativa nesta terça-feira, 2.
"É necessário que se faça um pré-cadastro informando sobretudo dados como CPF, nome e telefone. Analisando estes logs, verificou-se que efetivamente foram realizadas quatro conexões de pessoas não autorizadas a acessar a Casa no dia 8 de janeiro de 2023 com a rede sem fio", diz o ofício da Câmara.
Entre os invasores, uma mulher de Contagem, Minas Gerais, e um homem de Teresina já foram detidos e estão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
Já as outras duas pessoas ainda não estão com seus nomes registrados na lista de presos suspeitos.
Em fevereiro, a Polícia Legislativa já havia identificado 41 pessoas que invadiram o Congresso Nacional por meio de identificadores de celulares que foram conectados à mesma rede Wi-Fi pública da Câmara dos Deputados.
Na época, o fato foi revelado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, que disse que as informações serão entregues à Procuradoria-Geral da República para dar continuidade à investigação.
Entre outras formas utilizadas para identificação dos invasores, estão o PIX, a geolocalização e a análise de material genético.
Mariana Murara
Jornalista no Baguete Diário