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Aparelho da Apple tem causado confusão com as autoridades (Foto: Divulgação)
Alguns donos do novo iPhone 14 foram andar de montanha russa nos Estados Unidos e acabaram chamando uma ambulância pelo 911, o famoso telefone de urgências do país.
Lançado em setembro deste ano, o iPhone 14 tem entre suas novas funcionalidades uma ferramenta de detecção de colisões de veículos, visando acionar os serviços de emergência e autoridades diante de acidentes.
Acontece que alguns aparelhos têm confundido as movimentações bruscas de uma montanha russa com um acidente, e feito ligações para os centros enquanto usuários estão dentro das atrações de parques de diversão, segundo o The Verge.
Se os sensores do aparelho identificarem um possível acidente, o iPhone irá exibir um alerta e ligar para o serviço de emergência, caso não seja rejeitado em 20 segundos.
A função também está disponível na oitava geração dos smart-watches da Apple, bem como a coleção SE e Ultra.
De acordo com o Scientific American, uma volta de montanha-russa leva, em média, menos de dois minutos, tempo de sobra para acontecer a confusão, já que o usuário estará ocupado gritando com as mãos para o alto e não olhando para os alertas do celular.
Em um tweet, uma jornalista do The Wall Street Journal afirma que desde o início das vendas dos devices que contém a tecnologia, o centro de ligações de emergência próximo ao parque de diversões de Kings Island, localizado em Cincinnati, Ohio, recebeu ao menos seis ligações que, por meio de uma mensagem automática, informa que “o membro do iPhone esteve em um acidente de carro severo”, fornecendo também a localização da suposta vítima.
Para silenciar o recurso, basta colocar o aparelho em modo avião ou desativá-lo indo em ‘Ajustes’, ‘SOS Emergência’ e desativar a função ‘Ligar após acidente grave’.
Em nota, um porta-voz da Apple afirmou que a funcionalidade foi validada usando mais de um milhão de horas de dados de acidentes reais e que é “extremamente precisa em detectar acidentes graves”, tendo sido otimizada para ajudar vítimas enquanto minimiza alarmes falsos.
No Brasil, por outro lado, a big tech tem lidado com outros tipos de problemas. Em março de 2021, o Procon de São Paulo multou a Apple em R$ 10,5 milhões por desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) por vender seus aparelhos sem carregadores de energia, mas a empresa ignorou a ação e não pagou o valor exigido.
Já em agosto deste ano, foi a vez do Procon carioca multar a Apple em R$ 12,2 milhões.
Agora, em setembro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública aplicou outra multa de R$ 12.274.500 milhões à Apple por continuar vendendo smartphones sem o acessório.
Em nota, a Apple mantém sua posição de que a iniciativa contempla o impacto ambiental da empresa no planeta e pretende recorrer da decisão.
Segundo a bigtech, os carregadores representam seu maior uso de zinco e plástico, e sua exclusão das caixas dos smartphones reduziu em mais de 2 milhões de toneladas métricas as emissões de carbono, algo equivalente a remover 500 mil carros de circulação por ano.