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Foto: divulgação.
A Latam, grupo empresarial multinacional de transporte aéreo, adotou soluções da OpenAI, criadora do ChatGPT, para criar uma plataforma de inteligência artificial generativa voltada à rotina de trabalho de seus 35 mil funcionários em seis países.
Batizado de Amelia em homenagem à aviadora Amelia Earhart, primeira mulher a atravessar o Oceano Atlântico pilotando um avião, o sistema tem por base soluções como o GPT-4, quarto modelo de LLM da série GPT, e o DALL-E 3, outro modelo da OpenAI que gera imagens a partir de descrições textuais.
Entre as ferramentas desenvolvidas na Latam, estão um chatbot oficial que atua como assistente virtual para agilizar tarefas e uma solução de acompanhamento da jornada do colaborador na área de recursos humanos.
"Nosso objetivo é descentralizar o uso da tecnologia de IA, permitindo que todos os setores da Latam possam utilizar ferramentas que otimizam a rotina de trabalho. Tudo de forma muito segura, em ambiente fechado, preservando as informações da empresa", explica Juliana Rios, vice-presidente de digital e TI do Grupo Latam.
Fundada em 1976 em Marília, São Paulo, a Latam opera 675 voos diários no Brasil, sendo líder no mercado doméstico em quantidade de passageiros transportados, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em 2020, a empresa recorreu ao capítulo 11 da Justiça estadunidense, incluindo as operações brasileiras em seu pedido de proteção contra falência, diante de uma dívida que chegava a US$ 18 bilhões.
No ano passado, o grupo registrou lucro líquido de R$ 2,8 bilhões, desempenho 53,5% inferior ao de 2022. Hoje, a frota da companhia chega a 336 aeronaves da Boeing e Airbus.
Criada em 2015, a OpenAI tem sede em São Francisco e é focada em pesquisa e implantação de inteligência artificial.
O ChatGPT, desenvolvido pela empresa, tem um formato de diálogo que permite responder a perguntas de acompanhamento, admitir erros, contestar premissas incorretas e rejeitar solicitações inadequadas.
Hoje, a startup tem um valuation de US$ 86 bilhões, com a maior parte de sua receita vindo de assinaturas de chatbots e taxas de permissão para que desenvolvedores utilizem suas APIs.
Júlia Facca
Repórter no Baguete Diário