
Menos dinheiro para criminosos. Foto: Depositphotos.
O total de pagamentos de resgate por sequestros de dados (o famoso ransomware) caiu 35% no ano passado, chegando a US$ 813 milhões.
A informação vem de uma pesquisa da Chainalysis, uma empresa especializada em analisar dados relativos à blockchains públicas.
Isso é importante no caso porque a maioria dos pagamentos para hackers é feita usando bitcoins, o que pode ser rastreado por empresas como Chainalysis.
A queda aconteceu apesar do fato de uma empresa do ranking da Fortune 50 ter feito um pagamento recorde de US$ 75 milhões em 2024.
O tema ransomware teve grande visibilidade nos últimos anos, inclusive no Brasil, onde ataques do tipo acontecem com frequência.
Pelas contas da Chainalysis representou um recorde de pagamentos, com US$ 1,25 bilhão indo para o bolso de criminosos.
Os motivos que levam a queda no volume de pagamentos podem ser vários. É possível que as organizações atingidas pelas gangues de cibercriminosos não tenham dinheiro suficiente para pagar, ou sejam proibidas por regulamentos internos de fazê-lo, ou simplesmente achem que não vale a pena.
Nesse último caso, tem um papel a melhor preparação das empresas para os ataques, com melhores sistemas de backup e eliminação do software instalado que possibilita o ransomware.
Outro aspecto a ter em conta são os grupos em si, que são alvos de operações policiais como a que desbaratou a gangue por trás do LockBit em fevereiro de 2024.
Isso não é necessariamente uma boa notícia para as empresas brasileiras, que podem estar se tornando mais atrativas como alvos de ataques.
“O atual ecossistema de ransomware está repleto de recém-chegados que tendem a concentrar seus esforços nos mercados de pequeno e médio porte, que, por sua vez, estão associados a pedidos de resgate mais modestos”, afirma Lizzie Cookson, uma analista da Chainalysis.