Elliot Hill, CEO da Nike - Foto: Divulgação
A Nike, uma das maiores empresas de produtos esportivos do mundo, avisou aos funcionários que a folga extra de uma semana no ano acabou.
A chamada “Semana do Bem-Estar” foi introduzida em 2021, em meio à pandemia de Covid-19.
Durante uma semana do mês de agosto, a sede corporativa da Nike no estado de Oregon, nos Estados Unidos, era desligada para que os funcionários pudessem “cuidar da saúde mental e do bem-estar”.
Como os leitores vão se lembrar, esse tipo de iniciativas teve um boom de popularidade na época, quando muitas empresas começaram a se preocupar com os impactos negativos do isolamento social causado pela pandemia.
Segundo o site da Bloomberg News, Treasure Heinle, CPO da gigante americana, foi a responsável por dar as más notícias, argumentando que os tempos são outros e que a empresa está em um momento crucial e requer mudanças.
A Nike vem reformulando estratégias para recuperar as vendas e o mercado, trazendo de volta Elliot Hill, o CEO que estava aposentado, mas voltou a ocupar suas funções novamente com o lema “Win Now” (Vencer Agora, em português).
Após reassumir o cargo em outubro, a Nike restabeleceu relações com parceiros do atacado, ampliou a presença em varejos físicos e começou a vender pela Amazon pela primeira vez em seis anos.
A empresa corre para limpar os estoques antigos, colocando itens de sucesso, como o Air Force 1 e o Air Jordan 1, em descontos, e reconhece que as vendas diretas ao consumidor, que caíram 4%, e o mercado chinês, com queda de 9%, são suas maiores dificuldades.
A empresa superou as expectativas do mercado após relatar crescimento de 1% em vendas no primeiro trimestre fiscal, se comparado ao ano anterior. A receita totalizou US$ 11,72 bilhões, superior aos US$ 11 bilhões previstos pelos analistas.
Porém, o lucro líquido caiu 31% no período, indo para US$ 727 milhões, e a margem bruta recuou 3,2 pontos percentuais, algo em torno de 42,2%.
