
Perto é uma grande fabricante de ATMs. Foto: Pexels.
A Perto, fabricante de terminais de atendimento bancário, de ponto de venda e pinpads, passou a usar o hardware de módulo de segurança (HSM, na sigla em inglês) da Kryptus para melhorar a criptografia dos dados nos seus equipamentos.
O HSM, no caso, é o responsável pela proteção e gerenciamento das chaves criptográficas de cada equipamento.
A troca do fornecedor teve por objetivo atender aos requisitos da norma PCI PIN Security, emitida pelo PCI Security Standard Council, órgão que define os padrões de segurança da indústria de meios de pagamento.
A norma PCI PIN Security determina que chaves criptográficas simétricas utilizadas para processamento de senhas precisam ser armazenadas e distribuídas em formato de bloco a fim de garantir a integridade e correta utilização da chave.
“Tínhamos um equipamento HSM que não suportava processamento de chaves em formato de blocos e devido a isso não passaria pelo processo de recertificação do PCI PIN Security; por isso houve a necessidade de buscar por uma nova solução de HSM no mercado”, conta João Quevedo, gestor de Segurança de Informação da Unidade de POS da Perto.
A tecnologia da Kryptus, que é brasileira, venceu concorrentes internacionais na disputa, o que contou pontos pela proximidade dos times e o fato dos produtos estarem menos expostos à variação cambial.
A Perto está no mercado há quase 30 anos e possui uma fábrica com mais de 44 mil metros quadrados em Gravataí, na grande Porto Alegre, atendendo bancos e grandes varejistas.
Fundada em 2003, a Kryptus é sediada em Campinas e tem entre seus clientes empresas como BSH, uma subsidiária da Bosch, Claro Brasil, Certisign, Iron Mountain e iFood.
A empresa é reconhecida pelo Ministério da Defesa do Brasil com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, o que dá privilégios em compras públicas.
Os clientes no setor de governo incluem a Marinha do Peru, o Exército da Colômbia e o Exército Brasileiro, a Força Aérea, a Marinha, a Agência Brasileira de Inteligência, o Ministério de Relações Exteriores e o Tribunal Superior Eleitoral.
No ano passado, a empresa recebeu um aporte de R$ 20 milhões do fundo Aeroespacial, que tem entre seus principais cotistas a Embraer, além do BNDES, Finep e Desenvolve-SP.
No passado, a Embraer já fez aportes pelo Aeroespacial em empresas que acabou adquirindo no final, como a Tempest, uma das maiores companhias do setor de cibersegurança no Brasil.