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O PicPay, um dos principais bancos digitais do país, pretende captar US$ 500 milhões em oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos (IPO) ainda neste ano de 2025.
Segundo o site Bloomberg, a fintech, que faz parte da holding J&F, dos irmãos Batista, vem trabalhando com o Citigroup, o Royal Bank of Canada e o Bank of America em uma possível listagem.
Com a recente paralisação do governo americano, que levou ao shutdown e à suspensão de algumas atividades na Securities and Exchange Commission, a transação poderá ser postergada para 2026.
As conversas para as deliberações estão em andamento e a estrutura final pode evoluir, com a possibilidade de bancos adicionais se juntarem ao grupo.
Recentemente, Joesley Batista esteve nos EUA para uma audiência na Casa Branca com Donald Trump. A princípio, foi divulgado que o assunto tratado seria sobre as tarifas impostas ao setor de carnes, já que a J&F também administra a JBS.
A pauta também incluiu o tema da celulose, pois a holding é dona da Eldorado Celulose, empresa brasileira do setor. Não se sabe se o IPO da fintech também foi discutido.
Esta não seria a primeira vez que o PicPay manifesta intenção de captar recursos nos EUA. Em 2021, a empresa visou uma avaliação próxima em US$ 8 bilhões, mas o registro foi cancelado em 2022.
Criado em 2012 por três empreendedores de Vitória, o PicPay foi a primeira empresa de tecnologia do país a oferecer o QR Code para pagamentos instantâneos. A fintech foi posteriormente adquirida pela J&F Participações, holding da família Batista.
A companhia atingiu lucro líquido de R$ 252 milhões em 2024, alta de sete vezes em relação a 2023, e a receita chegou a R$ 5,6 bilhões no período, avanço de 61% na mesma base de comparação.
O PicPay registrou lucro de R$ 208,4 milhões no primeiro semestre de 2025, cerca de quatro vezes mais que no mesmo período do ano anterior.