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Foto: Claudio Neves/divulgação.
A Portos do Paraná, empresa pública que administra os portos paranaenses de Paranaguá e Antonina, adotou o sistema de gestão S/4 Hana, da SAP, em um projeto liderado pela Engine Brasil, consultoria especializada em soluções da multinacional alemã.
Segundo a companhia, o complexo portuário vem passando por um processo de expansão e modernização nos últimos anos.
Para suportar a sustentabilidade do negócio, a administração entendeu que era necessário implementar uma solução de gestão mais robusta e integrada, também visando obter mais sinergia entre as áreas.
Diante disso, a empresa abriu um processo de licitação com 1.476 requisitos divididos em 24 módulos. A Engine Brasil foi escolhida com 89% de aderência.
A proposta da consultoria envolvia cinco soluções SAP: S/4 Hana, SucessFactors, Analytics Cloud, Business Technology Platform (BTP) e Solution Manager. A contratação dos sistemas foi realizada no formato Software as a Service (SaaS).
“Antes de implementarmos o software, fizemos toda uma preparação com a nossa equipe, que foi determinante para comprovar a eficiência do produto e para que, de fato, a rotina solicitada fosse atendida, garantindo o envolvimento dos usuários”, conta Claudio Costa, gerente de TI da Portos do Paraná.
O projeto foi dividido em três ondas. A primeira envolveu diferentes áreas, indo desde cobrança até manutenção geral, e teve o go live em fevereiro deste ano. A segunda foi voltada para a gestão de recursos humanos e gestão de frotas.
Já a terceira onda está em fase atual de implantação, com foco em engenharia de manutenção, gestão de orçamento, auditoria, risco e governança. Sua conclusão está prevista para o mês setembro.
Até o momento, 70% da implementação do ERP já foi concluída, utilizando a metodologia SAP Activate.
“Uma implementação de sistema nunca é fácil, mas faz parte do processo da busca para usufruir o melhor que todas as funcionalidades das ferramentas implementadas podem gerar. Temos a certeza que o projeto trará resultados promissores”, afirma Luiz Fernando Garcia, presidente da Portos do Paraná.
Segundo a companhia, o projeto está sendo extremamente importante para assegurar a eficiência operacional de forma ordenada e organizada.
“O projeto nos permitiu olhar profundamente para o interior da Portos do Paraná de forma que conseguíssemos nos transformar de uma empresa pública simples para uma verdadeira cultura empresarial privada, respondendo com segurança às informações trabalhadas aqui”, avalia Garcia.
Entre os benefícios já identificados, estão a padronização e a definição e controle de usuários do sistema em cada área de atuação. A companhia também observou alinhamento de processos como compras, pagamentos, patrimonial e recursos humanos.
Além disso, a nova solução eliminou os problemas anteriores de bases de dados não integradas, muitas atividades manuais e dificuldade de informações em tempo real, que dificultavam o processo de tomada de decisão.
Agora, a empresa tem um único repositório de dados de informações para futuras extrações e tomadas de decisões, bem como o acompanhamento diário das transformações nas rotinas administrativas.
Há, ainda, ganhos de escalabilidade, eliminação de planilhas de governança corporativa e de TI, e gestão de riscos e rastreabilidade.
“As conquistas foram muito além do que esperávamos, principalmente em uma maior confiança, integração e gestão mais tranquila para tomada de decisões mais assertivas”, destaca Marcos Bonoski, diretor administrativo e financeiro da Portos do Paraná.
Fundada em 1935, a Portos do Paraná funciona como empresa pública estadual subordinada à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, com convênio de delegação junto ao Governo Federal.
A companhia administra 21 áreas arrendadas e regula as atividades das 19 arrendatárias.
No modelo de gestão, o poder público mantém toda a infraestrutura de acesso aquaviário, bacia de evolução, berços de atracação, acessos rodoviários, ferroviários e internos. Já a iniciativa privada é responsável pela superestrutura: equipamentos, armazéns e mão de obra.
Em 2023, o complexo portuário representou 25% da movimentação nacional de fertilizantes e ultrapassou a marca de 65 milhões de toneladas movimentadas no total.
Já a Engine Brasil foi fundada em 2011 e é uma consultoria de gestão empresarial parceira Gold da SAP. Atualmente, possui 100 funcionários e clientes como Mondial, Petroplus, Biochimico e Silimed.