A Positivo mudou seu modelo de distribuição de produtos, cancelando contratos com distribuidores e apostando na entrega direta dos produtos no varejo.
Officer, Alcateia, Local X, All Nations, Dexcom foram tendo os contratos não revelados ao longo do ano, ao mesmo tempo em que a empresa montava um time interno de 22 pessoas focada na distribuição.
Com a medida, o número de canais passou de 1 mil para 2,2 mil. A meta para o final de 2012 é 4 mil.
"Como não há intermediários no processo, garantimos ganhos excelentes aos parceiros. Por tudo isso é que temos a melhor oferta de benefícios do mercado”, descreve Vicente Soares, diretor Comercial de Canais Indiretos da Positivo Informática.
Soares afirma que a Positivo consegue entregar os produtos no mesmo dia e que a nova área de canais vende cinco vezes mais do que a antiga estrutura via distribuidores.
O reflexo da nova política aparece no aumento de vendas de PCs no terceiro trimestre de 2011, que chegou a 698,55 mil unidades, uma alta de 33,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, o aumento das vendas não está sendo bastante para segurar os resultados da empresa, que teve uma queda de 79,3% no lucro no terceiro trimestre, chegando a R$ 3,2 milhões de ganho.
Na comparação entre os nove meses de 2010 com janeiro a setembro de 2011, o resultado é 125,2% menor.
A receita líquida no 3T11 teve recuo de 21,3% na mesma base de comparação, caindo de R$ 621,2 milhões para R$ 489,1 milhões.
Apesar dos maus resultados, a Positivo seguiu líder em participação, com 12,7% de share, uma queda de 2,8 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2010.
A segunda colocada em vendas, a HP, manteve um nível de participação estável na comparação entre o terceiro trimestre de 2010 e o mesmo período deste ano: era 9,9% e foi para 10,1%.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário