CARLOS BARBOSA

Prefeitura proíbe rede social até no 3G

Prefeito de cidade gaúcha decretou que funcionários não podem acessar redes sociais nem no celular durante expediente.

28 de novembro de 2014 - 15:44
Não pode. Foto: reprodução.

Não pode. Foto: reprodução.

Controlar o uso de redes sociais em horário de trabalho é um desafio para muitos gestores. O prefeito de Carlos Barbosa, município de 25 mil habitantes a 106 km de Porto Alegre, tem uma resposta inovadora para o problema: publicar um decreto.

Em uma ordem de serviço publicada na última segunda-feira, 24, o prefeito do município, Fernando Silva, determinou a proibição do uso de redes sociais para todos os funcionários da prefeitura, incluindo os dispositivos móveis. Confira abaixo:

A decisão não deixa de ser curiosa, pois diferentemente de redes privadas, em que o acesso pode ser bloqueado no próprio sistema, a ordem também diz respeito ao uso dos dispositivos móveis privados dos funcionários. O acesso a redes sociais e outros sites de lazer já é proibido na rede interna da prefeitura.

"Não há um software capaz de restringir o acesso à internet nos telefones particulares, pois cada um tem sua rede. É mais uma medida disciplinar mesmo", afirmou José Carlos Custódio, diretor de controle fazendário da prefeitura de Carlos Barbosa e um dos responsáveis pelo setor de TI.

Segundo Custódio, a medida é uma forma de evitar perdas de produtividade entre os funcionários, que hoje em sua maioria possuem smartphones com rede 3G e são usuários de redes sociais.

Agora a pergunta: como fiscalizar o uso indevido dos telefones? De acordo com o diretor, o trabalho ficará por conta dos próprio funcionários da prefeitura e também dos cidadãos.

"Não é difícil saber quando alguem está online no Facebook, faz alguma postagem ou comentário. É só conferir a data e horário que é possível comprovar que elas (redes sociais) foram acessadas em horário de expediente", explica Custódio.

De acordo com o diretor, caso algum funcionário seja pego usando redes sociais em horário indevido, ele estará sujeito à sanções no estatuto do funcionário, que podem variar de acordo com o cargo e situação.

Entretanto, conforme destaca o diretor, a decisão radical para controlar o uso de redes como Facebook, Instagram e outras não significa que a prefeitura seja alheia ao uso destas ferramentas.

De acordo com Custódio, o uso institucional destes meios é encorajado, como é feito por secretarias, escolas e outras repartições da admnisitração. Apenas o uso particular em horário de expediente foi proibido.

"Recentemente, inclusive, lançamos um app móvel para que os cidadão enviem fotos e comentários via rede social para recebermos solicitações, reclamações e sugestões", afirma o diretor. "Não queremos ignorar este meio, de forma nenhuma", finalizou.

Embora muito se comente que o tempo gasto em redes sociais seja um sério fator para a procrastinação no trabalho, pesquisas recentes passaram a questionar essa convicção de muitos CIOs.

Um estudo feito em absil pela consultoria Track Via, coloca as conversas no escritório no topo do ranking da perda de tempo durante a jornada de trabalho. Para 14% dos entrevistados o bate papo com os colegas é o principal causador dos atrasos no cumprimento de tarefas. As redes sociais foram citadas por 9%.

Será que vão proibir o cafezinho também?