Santa Catarina é o estado brasileiro com o maior bem-estar econômico, segundo informa uma pesquisa realizada na USP pela economista Cláudia Rocha Bueno Vidigal.
O estudo utilizou um novo indicador de acesso aos recursos econômicos, o Índice de Bem-Estar Econômico (IBEE), calculado para os anos de 2002 e 2008.
Assim, a pesquisa foi motivada pela necessidade de construção de um indicador sintético de bem-estar econômico que fosse capaz de englobar os distintos aspectos que estão associados a um padrão de vida decente.
“Um indicador como esse seria importante para subsidiar a implementação e o monitoramento de políticas públicas, além de tornar transparente a situação econômica da população”, comenta Cláudia.
Santa Catarina apresentou bons níveis de consumo, capital, equidade social e seguridade econômica, o que confere aos habitantes boas condições econômicas e qualidade de vida.
Outros estados que apresentaram elevados IBEEs, nos dois anos avaliados, foram São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Os piores índices, por outro lado, foram obtidos pelo estado de Alagoas.
O IBEE é composto por fluxos de consumo, obtido pelos indicadores de consumo privado e consumo público; riqueza real, resultante dos indicadores capital físico, capital humano, gastos com pesquisa e desenvolvimento e débito público; equidade, construída a partir do índice de desigualdade de renda e do índice FGT; e seguridade econômica, formada pelos indicadores de risco de desemprego, risco financeiro associado à doença, risco de pobreza em idade avançada e risco de violência.
De acordo com a análise da economista, a dimensão equidade, que considera o nível de desigualdade de distribuição de renda e a intensidade de pobreza, foi liderada por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, refletindo as boas condições oferecidas pela região Sul do Brasil.
Em relação à dimensão seguridade econômica, alguns estados da região nordeste apresentaram baixos riscos associados aos recursos econômicos, alcançando as primeiras colocações no ranking da dimensão.
Atualmente, o indicador mais utilizado para mensurar o bem-estar econômico é o Produto Interno Bruto (PIB), além de sua variante, o PIB per capita, o qual considera apenas a renda como medida de bem-estar.
Segundo a economista Cláudia Vidigal, tais indicadores são limitados por não incluírem variáveis que captam a satisfação econômica a partir dos aspectos considerados importantes para o bem-estar da população.
Além disso, explica que o grande diferencial no IBEE adaptado para o Brasil está no fato de ter-se criado um novo indicador, o de risco de violência, devido ao fato de serem observados elevados níveis de criminalidade no país.
“O principal argumento para a proposta de um novo indicador de bem-estar econômico de uma sociedade é que a avaliação deve considerar, por exemplo, fluxos de consumo pessoal, estoques de riqueza, distribuição de renda e seguridade econômica”, explica a pesquisadora.
SC é o estado com maior bem-estar econômico
Santa Catarina é o estado brasileiro com o maior bem-estar econômico, segundo informa uma pesquisa realizada na USP pela economista Cláudia Rocha Bueno Vidigal.
O estudo utilizou um novo indicador de acesso aos recursos econômicos, o Índice de Bem-Estar Econômico (IBEE), calculado para os anos de 2002 e 2008.
06 de fevereiro de 2012 - 11:33