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Marcos Peigo, CEO da Scala (Foto: LinkedIn)
A Scala Data Centers, uma das maiores empresas do segmento no país, realizou uma nova emissão de debêntures verdes no valor de R$ 1,07 bilhão, com vencimento de seis anos, para dar continuidade ao seu projeto de expansão na América Latina.
O banco Bradesco BBI foi o coordenador líder da emissão e contou com auxílio do UBS BB.
Uma debênture é um título de dívida, de médio e longo prazo, pelo qual uma empresa pode captar recursos no mercado de diferentes investidores. No caso dos verdes, os recursos precisam ser utilizados em projetos ou ativos que tenham impacto socioambiental positivo.
O montante levantado será voltado para a construção de centros de dados para clientes hyperscale no Brasil, a fim de atender demandas de nuvem. Segundo aponta o Tele Síntese, devem ser criadas ao menos sete instalações no país, incluindo uma na Praia do Futuro, em Fortaleza.
De acordo com a empresa, todas as estruturas terão como prioridade exercer a máxima eficiência energética, com indicador anual inferior a 1,45, sendo 100% alimentadas por energia renovável, além de serem operadas com neutralidade de carbono.
Oriunda da operação de data center do UOL Diveo, a Scala foi comprada pela DigitalBridge por algo entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões em 2020.
O foco é diferente do UOL Diveo na época. A Scala concorre com players como Odata e Ascenty, que também investem pesado.
No lugar de construir estruturas para serem divididas entre diversos clientes, essas empresas fazem data centers para serem usados pelos grandes players de nuvem.
Todo mundo faz segredo sobre seus clientes, mas a lista não é grande: em primeira linha AWS, Google, Oracle e Microsoft, e, no segundo time IBM e as chinesas Tencent e Alibaba, que já operam no Brasil.
Hoje, 90% dos data centers são usados por esse tipo de organização e os 10% restantes ficam com 200 clientes oriundos da UOL Diveo.
No ano passado, a empresa já havia emitido R$ 2 bilhões em debêntures verdes com vencimento de cinco anos.