
João Carlos Bolonha.
A Sinqia, empresa de softwares para o setor financeiro, acaba de contratar João Carlos Bolonha, ex-diretor do Google Cloud para América Latina, para o cargo de vice-presidente responsável por produtos, pessoas, tecnologia e vendas.
Bolonha já vinha atuando como integrante do conselho de administração da Sinqia desde maio de 2019.
O executivo é uma contratação de peso, tendo atuado nos últimos cinco anos no Google Cloud, sempre em cargos de diretoria.
Antes, Bolonha passou seis anos na Microsoft, em cargos de gerência na área de nuvem e data center.
O profissional começou a carreira na Borland em 1997, passando por uma série de cargos até chegar a diretor de vendas técnicas em 2007.
Por uma dessas curiosidades da vida, Bolonha está indo para uma empresa que apostou todas as fichas na nuvem da Azure, arquirrival do Google Cloud.
Em agosto de 2020, a empresa divulgou que estava consolidando dados dispersos por sete provedores de data center na Azure.
A Sinqia não deu muitos detalhes sobre o que estava hospedado onde, mas a diversidade provavelmente é resultado das diversas aquisições feitas pela empresa, que na época já chegavam a 15 desde 2005.
Desde então, a Sinqia seguiu adquirindo empresas, aumentando inclusive o tamanho dos alvos.
Em dezembro de 2021, a empresa fechou a sua maior compra, ao pagar R$ 422 milhões pela NewCon, a líder de mercado no segmento de softwares para administradoras de consórcio.
As compras formaram um portfólio amplo, com pilares focados em bancos, fundos, previdência e consórcios, além de outsourcing e consultoria.
Pelo lado de dentro, a diversidade de soluções deve ter causado também seus problemas, para os quais a infraestrutura na nuvem é apenas uma parte da solução.
É aí que deve entrar a nova diretoria de Bolonha, que conta com uma área de atuação bastante ampla em uma emrpesa que vem crescendo rápido.
A Sinqia fechou 2021 com faturamento de R$ 352,6 milhões, alta de 67,9% em comparação com o ano anterior.
Deste total, 89,6% vieram da receita recorrente, que atingiu R$ 315,8 milhões. Segundo a companhia, isso se deu devido à evolução do modelo de subscrição em software e do modelo de serviços gerenciados.
Os indicadores positivos também são vistos no EBITDA ajustado de R$ 70,6 milhões, 134,1% a mais que em 2020, e no lucro líquido de R$ 20,2 milhões, que representa um crescimento de 307,2%.