INVESTIMENTOS

TC adota B1 da SAP

Traders Club organiza o backoffice em meio a um crescimento acelerado.

09 de novembro de 2021 - 07:22
Fundadores da TC tem metas para lá de ousadas. Foto: Cauê Diniz/Divulgação/B3.

Fundadores da TC tem metas para lá de ousadas. Foto: Cauê Diniz/Divulgação/B3.

O Traders Club, uma plataforma de conteúdo para investidores em alta no Brasil, acaba de implementar o Business One, software de gestão para pequenas e médias da SAP, em um projeto com consultoria da SPS.

A TC vem em crescimento acelerado. A receita bruta no segundo trimestre chegou a R$ 26,4 milhões, 213% superior ao do mesmo período do ano passado.

O número de usuários triplicou, na mesma comparação anual, chegando a 502 mil (mais importante, o número dos usuários que pagam aumentou seis vezes, para 88 mil).

A empresa já fez uma abertura na bolsa, na qual captou R$ 606,9 milhões, o que significa um valor de mercado de R$ 2,7 bilhões.

As coisas estão indo rápido na TC e a empresa resolveu botar ordem nos processos de backoffice.

“Vimos que um ERP nos ajudaria a centralizar e otimizar os processos, bem como criar um ambiente escalável para suportar novas ondas de crescimento”, comenta Israel Massa, CFO e sócio fundador do TC.

De acordo com Massa, a empresa optou pelo B1 por ser uma “solução muito mais robusta”, com a qual a empresa pode “realmente minimizar problemas nos processos de fechamento contábil e auditorias”, além de ser “flexível em termos de modelagem de processos para se adaptar à rotina”.

“Estamos sonhando grande. Acreditamos que, com essa implantação, vamos elevar mais uma vez o patamar do TC, para nos compararmos com grandes empresas do mercado”, revela Massa, apontando para os planos de aquisições e criação de novas linhas de negócios. 

A TC é um app no qual investidores podem trocar informações sobre o mercado, além de ter acesso a serviços e análises voltadas para o mercado de ações, com conteúdo proprietário da startup.

De acordo com o Valor Econômico, a TC mira no que acredita ser um mercado potencial de quase 50 milhões de pessoas no país, o que é uma cifra para lá de ousada, significando quase 80% dos donos de cadernetas de poupança hoje.

Fundada em 2012 e sediada em São José dos Campos, no interior de São Paulo, a SPS é uma das maiores parceiras da SAP para a linha B1 no Brasil, com 100 funcionários e 150 projetos entregues.

STARTUPS S2 SAP

A SAP parece ter achado um nicho de mercado no Brasil para o B1 entre empresas intensivas em tecnologias, com planos ambiciosos de crescimento exponencial, ou, para colocar de outra forma, startups que querem virar unicórnios.

Algumas empresas de tecnologia que implementaram B1 nos últimos anos incluem a Moss, plataforma mundial de compra de créditos de carbono; a Insole, uma fintech pernambucana que oferece financiamento para a instalação de placas solares; a Rentcars.com, plataforma online de aluguel de carros; o Movile, grupo dono de marcas como iFood, Zoop e Sympla; a Alright, uma startup de compra de mídia programática e a Gerdau Next, área de novos negócios da siderúrgica brasileira.

A SAP trouxe o B1 para o Brasil em 2005. Hoje são 150 empresas trabalhando com implementação e 7,5 mil clientes no Brasil, o que é uma cifra respeitável em um universo de 70 mil clientes em todo o mundo.

Para as empresas com esse perfil, no entanto, talvez conte muitos mais pontos do que a média o glamour da grife SAP, a empresa que vende as soluções usadas pelas grandes corporações nas quais as startups visam se converter.

Nem todos vão chegar lá, mas a SAP pode estar ganhando agora algumas grandes contas no futuro.