ÍNDIA

TCS não era o bicho papão

Faturamento da empresa no país representa 20% dos US$ 410 milhões obtidos na AL no ano fiscal 2013.

12 de junho de 2013 - 11:13
Indianos já não metem medo no Brasil. Foto: flickr.com/photos/heatherbuckley

Indianos já não metem medo no Brasil. Foto: flickr.com/photos/heatherbuckley

Mais de dez anos depois de desembarcar no Brasil como um ares de bicho papão para as empresas de TI brasileiras, a TCS não causou o estrago esperado no mercado nacional.

Uma matéria publicada no Valor Econômico nesta quarta-feira, 12, revela que o faturamento da empresa no país representa 20% dos US$ 410 milhões obtidos na América Latina no ano fiscal 2013, encerrado em março.

O valor, na faixa dos US$ 92,8 milhões, é expressivo no contexto brasileiro, mas abaixo da participação típica do Brasil nos negócios de empresas na região, que costuma ficar na faixa dos 50%.

Até 2016, revela o Valor, o objetivo é elevar a receita na região para US$ 1 bilhão, com a participação do Brasil sendo elevada para 30% do total (ou US$ 300 milhões).

A meta é factível, visto que a América Latina está entre os mercados com maior crescimento, com alta de 40% no último ano.

Em nível mundial, é pouco dinheiro. A receita global da TCS no período chegou a US$ 11,6 bilhões, alta de 13%. O lucro líquido cresceu 15,6%, para US$ 2,6 bilhões.

A TCS tem mil funcionários no Brasil, número que deve aumentar para três mil até 2016. Na América Latina, a expectativa é ter 20 mil funcionários na região no mesmo período, mais que o dobro dos nove mil atuais.

Parte do motivo do resultado pequeno em comparação às metas expostas na chegada, analisa o Valor, decorre do fracasso em implementar no Brasil o modelo de sucesso dos Estados Unidos, envolvendo a terceirização do trabalho na Índia, a custos mais baixos.