Teles: imposto freou banda larga no BR

O crescimento de 138% no Brasil em 2010, segundo dados divulgados pela Huawei e pela consultoria Teleco, poderia ser maior não fosse a carta tributária, dizem as operadoras.

De acordo com o site IDG Now, as empresas, representadas pelo SindiTelebrasil, acreditam que o avanço teria sido mais significativo se o governo aliviasse o setor dos impostos.

“A carga tributária sobre o setor, além de não cair, ainda por cima aumenta”, disse Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTelebrasil, ao IDG Now.

11 de maio de 2011 - 16:59

O crescimento de 138% no Brasil em 2010, segundo dados divulgados pela Huawei e pela consultoria Teleco, poderia ser maior não fosse a carta tributária, dizem as operadoras.

De acordo com o site IDG Now, as empresas, representadas pelo SindiTelebrasil, acreditam que o avanço teria sido mais significativo se o governo aliviasse o setor dos impostos.

“A carga tributária sobre o setor, além de não cair, ainda por cima aumenta”, disse Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTelebrasil, ao IDG Now.

Conforme Levy, em 2000 o peso dos impostos no setor estava em 32%. Em 2010, chegou a 42%, o que coloca o Brasil em segundo lugar entre os países que maior carga tributária em telecom, abaixo apenas de Bangladesh.

Entre os modems 3G importados, relata o IDG Now, a situação é ainda pior, - os impostos aumentam o valor dos equipamentos em 62%.

Segundo Levy, há cobrança de ICMS pelos estados até de consumidores que não pagam a conta.

Além disso, o dinheiro arrecadado pelo governo nos fundos de telecom (Fust e Funtel) é usado para garantir o superávit primário do governo, não investimentos no setor.

Tributos a parte, o Brasil fechou 2010 com aceleração acima da média mundial. A banda móvel, informa o relatório da Huawei e da Teleco, cresceu 33,7% (940 milhões de acessos); e a fixa, 17,8% (555 milhões).

Outro dado apontado é o aumento da diferença entre acessos móveis e fixos.

A banda móvel, que tinha ultrapassado a fixa no começo do ano passado, terminou o ano com 20,6 milhões de acessos, contra 13,8 milhões de fixos. No primeiro trimestre de 2011, esses números foram, respectivamente, de 24,4 milhões contra 14,5 milhões.

A projeção da empresa para o  final deste ano é que o país tenha 32 milhões de acessos em banda móvel e 17 milhões em fixa.

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