Profissionais de TI gaúchos estão no meio dos principais focos da epidemia de gripe suína, que já matou 25 pessoas no México e uma nos Estados Unidos.
Já presente em 20 países, a doença passou a barreira dos mil casos confirmados pela Organização Mundial da Saúde, o que abre a possibilidade de que seja declararado o nível 6 da epidemia, o que significa pandemia.
Alessandra Sieler, analista de dados que trabalha para uma empresa na área de contabilidade em Pasadena, na California, comenta que sua rotina ainda não foi alterada por trabalhar na modalidade home office.
No entanto, seu marido, gerente de um call center em Monterrey, ao outro lado da fronteira, precisou adotar diversas medidas na empresa. “Compraram máscaras para todo o pessoal e vários galões de desinfetantes colocados estrategicamente na entrada e saída de cada porta da empresa”, comenta a profissional.
As mudanças já atingem o próprio ambiente de trabalho: o call center está sendo remodelado de modo a sempre manter uma mesa vazia entre dois funcionários. “A empresa contratou uma pessoa somente para fazer a limpeza das mesas, durante o dia inteiro”, agrega Alessandra.
O marido da profissional, também gaúcho também fez um planejamento para redirecionar as chamadas para outros escritórios caso eles tenham que operar com somente 75%, 50% , 25% ou mesmo 0% dos funcionários.
As medidas podem parecer exageradas, mas são corretas, na opinião do Bruno Nunes de Oliveira, da consultoria paulista especializada em continuidade de negócios Sion People Center.
“É imprescindível constituir um plano de emergência e testá-lo, além de rever o plano de resposta a incidentes e o plano de continuidade de negócios, periodicamente”, afirma o especialista.
Oliveira recomenda ainda avaliar as estratégias de continuidade de fornecedores, parceiros de negócios e prestadores de serviço com relação aos seus planos de contingência.
Para o especialista, a área de Tecnologia da Informação é chave nesse momento. "Pode haver a necessidade de funcionários trabalharem em suas residências. Dessa forma, a infraestrutura tecnológica deve estar pronta e disponível para uso imediato”, afirma.
Mas, e se a transmissão já ocorreu e o colaborador infectado é peça-chave de um processo crítico e é o único detentor do conhecimento de determinado processo?
“Para não deixar que situações como essa ocorram, é fundamental a rotatividade de tarefas e a distribuição de conhecimento entre várias pessoas de uma mesma equipe e formação de grupos diferentes”, opina o consultor da Sion People Center.
No Rio Grande do Sul
No Brasil, são 15 os casos suspeitos acompanhados de gripe suína. São seis casos em São Paulo, três no Rio de Janeiro, três em Minas Gerais, e um no Mato Grosso do Sul, no Espírito Santo e no Distrito Federal. Há ainda 44 casos em monitoramento em outros 17 estados do País.
No Rio Grande do Sul, o governo do estado instalou, na quinta-feira, 30, uma estrutura física para acompanhamento permanente da gripe suína. Vinculada ao gabinete do secretário Osmar Terra, a Sala para Controle de Crise vai funcionar como um canal de informações, em rede com todos os órgãos estaduais envolvidos e também com empresas privadas, como hotéis, bares e restaurantes.
A finalidade é identificar casos de suspeita da doença e tomar as providências necessárias em caso de confirmação. A sala terá equipamentos de informática, sistema de videoconferência e contará com serviços de servidores da Vigilância Sanitária do Estado.
O secretário da Saúde lembrou que o RS está em alerta máximo para notificação de casos suspeitos de gripe suína. Em todos os cerca de 3 mil postos de Saúde, hospitais públicos e privados, a notificação será obrigatória. Já foi organizado um esquema hospitalar com nove instituições para o encaminhamento de possíveis pacientes, que serão isolados até o diagnóstico final.
Ainda não existe vacina contra a gripe suína, e o único medicamento indicado como antiviral é o Tamiflu, que será colocado à disposição dos estados pelo Ministério da Saúde na próxima semana.
O Rio Grande do Sul deverá receber cerca de 100 caixas da medicação. Terra salienta que o uso do remédio será definido pelas autoridades sanitárias e alerta que não deve ser usado como prevenção à doença.
Já presente em 20 países, a doença passou a barreira dos mil casos confirmados pela Organização Mundial da Saúde, o que abre a possibilidade de que seja declararado o nível 6 da epidemia, o que significa pandemia.
Alessandra Sieler, analista de dados que trabalha para uma empresa na área de contabilidade em Pasadena, na California, comenta que sua rotina ainda não foi alterada por trabalhar na modalidade home office.
No entanto, seu marido, gerente de um call center em Monterrey, ao outro lado da fronteira, precisou adotar diversas medidas na empresa. “Compraram máscaras para todo o pessoal e vários galões de desinfetantes colocados estrategicamente na entrada e saída de cada porta da empresa”, comenta a profissional.
As mudanças já atingem o próprio ambiente de trabalho: o call center está sendo remodelado de modo a sempre manter uma mesa vazia entre dois funcionários. “A empresa contratou uma pessoa somente para fazer a limpeza das mesas, durante o dia inteiro”, agrega Alessandra.
O marido da profissional, também gaúcho também fez um planejamento para redirecionar as chamadas para outros escritórios caso eles tenham que operar com somente 75%, 50% , 25% ou mesmo 0% dos funcionários.
As medidas podem parecer exageradas, mas são corretas, na opinião do Bruno Nunes de Oliveira, da consultoria paulista especializada em continuidade de negócios Sion People Center.
“É imprescindível constituir um plano de emergência e testá-lo, além de rever o plano de resposta a incidentes e o plano de continuidade de negócios, periodicamente”, afirma o especialista.
Oliveira recomenda ainda avaliar as estratégias de continuidade de fornecedores, parceiros de negócios e prestadores de serviço com relação aos seus planos de contingência.
Para o especialista, a área de Tecnologia da Informação é chave nesse momento. "Pode haver a necessidade de funcionários trabalharem em suas residências. Dessa forma, a infraestrutura tecnológica deve estar pronta e disponível para uso imediato”, afirma.
Mas, e se a transmissão já ocorreu e o colaborador infectado é peça-chave de um processo crítico e é o único detentor do conhecimento de determinado processo?
“Para não deixar que situações como essa ocorram, é fundamental a rotatividade de tarefas e a distribuição de conhecimento entre várias pessoas de uma mesma equipe e formação de grupos diferentes”, opina o consultor da Sion People Center.
No Rio Grande do Sul
No Brasil, são 15 os casos suspeitos acompanhados de gripe suína. São seis casos em São Paulo, três no Rio de Janeiro, três em Minas Gerais, e um no Mato Grosso do Sul, no Espírito Santo e no Distrito Federal. Há ainda 44 casos em monitoramento em outros 17 estados do País.
No Rio Grande do Sul, o governo do estado instalou, na quinta-feira, 30, uma estrutura física para acompanhamento permanente da gripe suína. Vinculada ao gabinete do secretário Osmar Terra, a Sala para Controle de Crise vai funcionar como um canal de informações, em rede com todos os órgãos estaduais envolvidos e também com empresas privadas, como hotéis, bares e restaurantes.
A finalidade é identificar casos de suspeita da doença e tomar as providências necessárias em caso de confirmação. A sala terá equipamentos de informática, sistema de videoconferência e contará com serviços de servidores da Vigilância Sanitária do Estado.
O secretário da Saúde lembrou que o RS está em alerta máximo para notificação de casos suspeitos de gripe suína. Em todos os cerca de 3 mil postos de Saúde, hospitais públicos e privados, a notificação será obrigatória. Já foi organizado um esquema hospitalar com nove instituições para o encaminhamento de possíveis pacientes, que serão isolados até o diagnóstico final.
Ainda não existe vacina contra a gripe suína, e o único medicamento indicado como antiviral é o Tamiflu, que será colocado à disposição dos estados pelo Ministério da Saúde na próxima semana.
O Rio Grande do Sul deverá receber cerca de 100 caixas da medicação. Terra salienta que o uso do remédio será definido pelas autoridades sanitárias e alerta que não deve ser usado como prevenção à doença.