O jornal norte-americano Wall Street Journal (WSJ) revela nessa quinta-feira, 10, que grandes nomes da internet como Facebook e Google já estiveram na fila para fazer sua oferta pelo Twitter.
As conversas, diz o jornal, não deram em nada.
Mas, segue a matéria, as ofertas chegam a um alto patamar: entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões, ou cerca de 90 vezes a previsão de receita do site para 2011. Nenhum dos valores foi confirmado oficialmente pelas empresas citadas.
Com a expectativa de chegar a 200 milhões de usuários ainda nesse trimestre, o Twitter foi avaliado em US$ 3,7 bilhões no ano passado, com base em fontes de mercado.
Em dezembro, o Kleiner Perkins Caufield & Byers e outros investidores ajudaram o Twitter a levantar US$ 200 milhões em fundos para investimento.
De onde vem a valorização súbita de US$ 3,7 bi para US$ 8 bi?
Valorização inflada
Segundo o The Guardian, o crescente interesse pelas empresas de internet ajudou a inflar o preço do Twitter. Um sintoma desse namoro está nos US$ 1,5 bilhão que o Facebook levantou recentemente, num negócio que avaliou a rede social em US$ 50 bilhões.
Não é de hoje que os negócios sociais atraem os olhos de outras empresas do ramo de tecnologia.
Um executivo da Microsoft revelou, no final do ano passado, que a empresa aproximou-se do Facebook com uma oferta de US$ 15 bilhões. O próprio Steve Ballmer teria procurado Mark Zuckerberg.
O acordo de CEOs terminou em um aperto de mãos comercial, ainda assim, a MS investiu em uma pequena participação acionária no site.
Hoje, o Facebook é avaliado em US$ 50 bilhões.
Eles querem ser livres
Outro que resistiu ao assédio dos gigantes foi o site de compras coletivas GroupOn, que teria rejeitado US$ 6 bilhões do Google, também no final do ano passado.
Segundo o Wall Street Journal, as crescentes valorizações refletem uma mudança psicológica entre os empreendedores e seus negócios, que preferem manter-se independentes e fazer suas empresas crescerem do que vender por um retorno rápido.
O jornal relembra que dois nomes por trás do Twitter, Evan Williams e Dick Costolo, já venderam startups para o Google.
Leia a matéria do Wall Street Journal (em inglês), nos links relacionados abaixo.