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Nova gestora deve focar em educação, saúde, healthtechs, fintechs e agtechs. (Foto: Divulgação)
A Votorantim e a Temasek Holdings, um fundo soberano de Singapura, se uniram para criar a 23S Capital, uma nova gestora que deve investir US$ 700 milhões (cerca R$ 3,6 bilhões) em empresas brasileiras.
De acordo com o site NeoFeed, a nova gestora terá o aporte de recursos das duas companhias, mas elas não revelaram quanto cada uma está investindo.
O foco deve ser nos setores de educação, saúde, healthtechs, fintechs e agtechs, prioritariamente em empresas maduras, com alto potencial de crescimento, que tenham um modelo de negócio provado e com unit economics saudáveis.
Os cheques devem variar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões, podendo ter exceções para valores menores. No total, o fundo poderá fazer entre oito e 10 investimentos.
No comando, estará Matheus Villares, head da Temasek no Brasil desde 2008. No período, o fundo construiu um portfólio que inclui Viveo, Bionexo, Memed, Conductor e Neogrid, entre outras empresas.
“Começamos a investir no Brasil focados em recursos naturais. Agora, estamos vendo o surgimento de novos empreendedores e de empresas focadas em inovação tecnológica. Para ser bem-sucedido, você precisa trazer mais capital para essas companhias”, explicou Dilhan Pillay, CEO global da Temasek, à publicação.
A Votorantim, por sua vez, controla e tem participações em companhias de mercados como materiais de construção (Votorantim Cimentos), alumínio (CBA), metais e mineração (Nexa), suco de laranja (Citrosuco), energia renovável (Aurem), investimentos imobiliários (Altre), setor financeiro (banco BV), aços longos (AcerBrag) e crédito de carbono (Reservas Votorantim).
“Na nossa perspectiva, é uma forma de estar presente em companhias em seu estágio inicial ajudando-as na estratégia de longo prazo. A Temasek tem a mesma visão de longo prazo que temos”, destacou João Schmidt, CEO da Votorantim, ao site.
O aumento das taxas de juros no Brasil e no mundo têm provocado a baixa dos investimentos em startups.
Segundo dados do Distrito, eles atingiram US$ 3,3 bilhões nos sete primeiros meses de 2022, uma queda de 42% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os investimentos de private equity vêm na contramão. No primeiro semestre de 2022, eles atingiram R$ 16,5 bilhões, uma alta de 617,4% segundo a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).