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Moradores de São Paulo e Rio de Janeiro foram surpreendidos nesta madrugada com um alerta de terremoto enviado por meio da plataforma de alertas do Google para celulares que usam o sistema Android.
A mensagem informava sobre a possibilidade de um tremor na região de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, com magnitude variando de 4,2 a 5,5.
Essas são cifras intermediárias na chamada escala Richter, que mede a intensidade de um terremoto e vai de 0 a 9.
Um tremor de 4 a 6 pode causar danos leves a moderados em áreas próximas.
O alerta chegou a trazer recomendações, como utilizar sapatos para se locomover, desligar o gás e evitar construções danificadas.
Em um primeiro momento, a plataforma indicava que o epicentro seria no oceano, a uma distância de 7 quilômetros de Ubatuba. Depois, a informação foi alterada para 55 quilômetros.
Moradores da capital paulista se surpreenderam com a mensagem, já que a cidade litorânea fica a aproximadamente 200 quilômetros de distância.
Sites de consulta, como o Centro de Sismologia da USP, chegaram a ficar fora do ar devido ao alto volume de acessos. O órgão informou que não foi registrado nenhum abalo sísmico no estado.
A Defesa Civil do Estado de São Paulo também declarou que, em nenhum momento, emitiu o alerta e não identificou qualquer tremor. O fato foi reforçado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora abalos sísmicos ao redor do mundo.
Nada disso é muito surpreendente, tendo em conta que o Brasil, em geral, não sofre com grandes terremotos porque está localizado no interior da Placa Tectônica Sul-Americana, longe das bordas das placas tectônicas.
O maior tremor já registado no país ocorreu em 1955, na cidade de Acrelândia, no estado do Acre. Ele teve uma magnitude de 6.2.
Esta não foi a primeira vez que o Google se envolveu em polêmicas com mensagens equivocadas.
No fim de 2024, a ferramenta de cotação do dólar exibiu a moeda a R$ 6,36, justamente no dia do Natal, 25 de dezembro, quando os mercados estavam fechados para negociação. A plataforma reconheceu o erro e retirou a ferramenta do ar.
O Baguete entrou em contato com o Google, que, em nota, respondeu: