
Groupon abandonou compras coletivas. Foto: Gil C/Shutterstock.com
O Groupon Brasil apresentou nesta terça-feira, 9, a nova versão de seu site. O novo portal é uma mudança na estratégia da empresa, que está abandonando as compras coletivas. A partir de agora, as ofertas do site não precisam atingir um determinado número de vendas para ser concretizadas.
O processo de transição foi iniciado no ano passado.
“O Groupon evoluiu de um site de ofertas diárias para um mercado online e que hoje conta com grande presença nos dispositivos móveis”, afirmou Eric Lefkofsky, CEO global do Groupon.
As reformulações tem o objetivo de facilitar a navegação pelas mais de 200 mil ofertas globais do Groupon, que são personalizadas de acordo com os interesses do usuário.
Os novos recursos incluem um mecanismo de busca avançado e geolocalização (que identifica a região onde o cliente está e sugere as melhores opções nas redondezas)
O Groupon foi fundado nos Estados Unidos, em 2008 e chegou ao mercado financeiro três anos depois. Sua oferta inicial de ações foi de US$ 13 bilhões.
Segundo a Exame, em breve, serão lançados também três novos serviços: o Groupon Reservas, Groupon Cupons e Groupon Live. O primeiro é voltado para quem deseja fazer reservas em restaurantes ou estabelecimentos, o segundo é voltado para vouchers com descontos e o terceiro reúne promoções de ingressos para shows, por exemplo.
A expectativa é que até o final do ano todos os países da América Latina também estejam com a nova plataforma.
No Brasil, o Groupon tem 25,5 milhões de assinantes da newsletter que divulga as ofertas. A equipe da empresa no país tem 600 pessoas. Globalmente, o número chega a mais de 12 mil colaboradores.
A mudança de perfil do Groupon parece ser o caminho do mercado de compras coletivas, que teve um ápice de popularidade em meados de 2010 e 2011, mas acabou perdendo o interesse dos consumidores.
O mais bem-sucedido site de vendas coletivas do Brasil, o Peixe Urbano, já havia alterado seu modelo de negócios no final de 2013, com o objetivo de ser um serviço de ofertas e uma vitrine para lojas, descartando o modelo de lotes que fazia antes.
O SaveMe também anunciou, em janeiro, uma mudança em seu modelo de negócios, deixando de agregar ofertas de compras coletivas e passando a apostar também em descontos por cupons e como agregador de códigos promocionais e liquidações relâmpago.