
Bruno Henriques.
Bruno Henriques, ex-CTO da fintech paraguaia ITTI Digital, está de volta no Brasil, onde assumiu a diretoria de tecnologia da Saque e Pague, conhecida pela sua rede de caixas automáticos.
Henriques fez carreira no setor financeiro, incluindo algumas empresas que estão na "órbita" da Saque e Pague.
Assim, passou seis anos em cargos de TI na Getnet, uma empresa que tinha por trás o mesmo investidor dono da Saque e Pague, o empresário gaúcho Ernesto Correa.
De lá, o profissional passou a ser diretor de TI na Pagonxt, uma empresa do Santander ao qual a Getnet passou a pertencer depois de que o banco espanhol comprou o negócio.
(Uma passagem pela Getnet conta pontos na Saque e Pague: Paulo César Pinheiro, o segundo CEO da empresa, teve uma passagem por lá. O primeiro CEO, no negócio desde a fundação em 2010 até 2024, também tinha).
Henriques também atuou diretamente em bancos, como o Santander no México e na Colômbia, o chileno ISBAN.
A Saque e Pague é conhecida pela sua rede de ATMs, que soma ao redor de três mil unidades em 570 cidades brasileiras. Eles têm o diferencial de receberem dinheiro vivo para pagamentos.
Mas o negócio dos caixas eletrônicos vem sendo apertado pela explosão do Pix.
Novos concorrentes também surgem: o Banrisul, banco estatal do Rio Grande do Sul, fechou um acordo com a Tecban, gestora dos terminais Banco24Horas, para instalar 1 mil caixas eletrônicos com “função recicladora” nas agências e pontos externos do banco.
Em meio a isso, a Saque e Pague tem dado indicativos de que busca novos rumos. Nas suas divulgações, a empresa se posiciona como um “ecossistema de serviços” e uma “plataforma”.
Nos últimos anos, a companhia já lançou uma conta digital para pessoas jurídicas com a infraestrutura do banco Topázio (outro empreendimento de Correa), passando a competir com outras fintechs.
No começo de 2024, a empresa revelou um investimento de R$ 200 milhões dentro dos próximos três anos, visando transformar a Saque e Pague em um banco e um marketplace.