
O Repassa é um marketplace focado em produtos usados. Foto: Photographee.eu/Shutterstock.
Com base na proposta de economia colaborativa, o Repassa, comunidade virtual de compra e venda de produtos seminovos, chegou recentemente ao mercado. A plataforma mescla as funcionalidades de marketplace, rede social e marketing multinível (MNN).
No Repassa, os participantes precisam ser convidados por membros que já estão cadastrados no portal ou adquirir algum produto à venda no site. Qualquer usuário pode convidar um número ilimitado de pessoas e a cada cadastro é criada uma nova comunidade Repassa.
O site recompensa seus usuários em 1% do valor de todas as vendas geradas por sua comunidade, até o 7º nível de convite. Ou seja, se um membro convida 5 amigos, e esses convidam mais 5 cada um, a pessoa contará com mais de 97 mil pessoas repassando 1% do valor por item vendido.
Tudo isso é controlado dentro da própria plataforma, que gera relatórios com a evolução das comunidades dos clientes, com o número de convidados diretos, o número de pessoas na comunidade, o volume de vendas e o valor gerado.
Esse valor, pode ser transferido em dinheiro, usado em compras na própria plataforma ou doado para instituições de caridade parceiras.
Por conta deste modelo de negócio, o Repassa prevê, para os próximos 12 meses, atingir o volume de 3 milhões de membros, movimentar mais de 300 mil vendas e repassar mais de R$ 2 milhões aos usuários.
Para este primeiro ano de atuação, a empresa prevê faturar cerca de R$ 3 milhões.
O site afirma que conta com uma curadoria para selecionar produtos de qualidade. Além disso, oferece a garantia de entrega do produto, sob a condição do consumidor receber o dinheiro de volta, caso ocorra algum problema.
Os usuários não pagam nada para participar e nem para anunciar seus produtos. A monetização do site vem por meio de uma comissão de 17%, mais uma tarifa fixa de R$ 1,99, quando o produto é vendido. Os valores são transferidos pelo PayPal.
O conceito de marketing multinível, utilizado pela empresa, é muitas vezes relacionado aos esquemas de pirâmide. A diferença é que no MNN a maior parte dos rendimentos vêm da venda dos produtos, enquanto, na pirâmide, os lucros vêm principalmente do recrutamento de novos vendedores.
Mesmo assim, há discussões sobre a linha tênue que divide os conceitos. Um dos casos mais famosos nesse sentido foi o da Telexfree, que teria montado um esquema sob a fachada de uma provedora de telefonia via internet (VoIP). Hoje, a empresa é investigada e os proprietários tiveram seus bens bloqueados.