
Reunião entre prefeitura e Uber Foto: Luciano Lanes / PMPA
Porto Alegre deu um passo tímido em relação à regulamentação do Uber nesta segunda-feira, 30, após uma reunião de representantes do app e do governo municipal.
Ficou decidida a criação de um grupo de trabalho para discutir temas de mobilidade (temos aqui uma proverbial reunião na qual se marca outra reunião).
O setor de TI será representado no grupo pela Assespro-RS, cuja presidente, Letícia Batistela. A entidade, junto com o Inovapoa, foi uma das articuladoras do encontro de hoje.
Se não houve avanços concretos, a reunião teve o simbolismo de agrupar o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, o vice Sebastião Melo, o presidente da Câmara de Vereadores, Mauro Pinheiro, da EPTC, Vanderlei Capellari, mais representantes do Ministério Público, o que mostra o interesse que o tema atraiu.
Fortunatti pediu aos representantes do Uber uma moratória do serviço enquanto a regulamentação não ocorre, afirmando que com isso o assunto poderia ser decidido em 30 dias. O Uber disse que manterá os seus carros na rua.
A prefeitura retrucou que seguirá considerando o serviço clandestino e punindo os motoristas pegos na fiscalização. No entanto, há um consenso de que o Uber veio para ficar e não parece que o governo municipal parta para o confronto, como fez nos dias imediatamente posteriores ao lançamento.
O Uber está operando em Porto Alegre desde o dia 19 de novembro. Desde o início das atividades na Capital, cinco veículos já foram apreendidos por transporte clandestino de passageiros. A multinacional tem bancado os custos dos motoristas multados.
O projeto de lei do vereadores Cláudio Janta (Solidariedade) proibindo o aplicativo na cidade não foi mencionado em nenhum momento e tudo indica que o mesmo é carta fora do baralho.