
Sócios da CapTable. Foto: Divulgação.
A CapTable foi a líder no Brasil em volume de recursos captados junto a investidores por plataformas de investimento, o que se chama no jargão de crowd equity.
Ao todo, a CapTable levantou R$49,56 milhões para 29 startups brasileiras em 2021, o que representa 39,84% do total levantado por todas as plataformas.
Os dados foram divulgados pela própria CapTable.
A plataforma está contando vantagem, o que é justo. Os dados são confiáveis porque as 10 plataformas que atuam nesse mercado são regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ninguém faz segredo dos valores envolvidos.
De maneira geral, o investimento coletivo em startups via plataformas cresceu 224% no Brasil em 2021, totalizando R$ 124 milhões em 75 rodadas de investimento, um aumento de 127%.
Para se ter ideia da diferença do montante captado pela CapTable, o hub de investimentos em startups sozinho captou R$ 2,8 milhões a mais do que o total captado por EqSeed, Kria, Beegin.invest, Organismo Brasil, Whishe, Clearbook, Efund Investimentos e Cluster 21.
A CapTable ganhou uma vantagem significativa sobre os concorrentes no momento, mas ela está longe de ser indiscutível.
A SMU Investimentos, segunda colocada no ranking, captou R$ 28 milhões em 15 rodadas, o que não está tão distante do líder. A EqSeed também segue perto, com R$ 24,2 milhões em 16 rodadas.
O ranking dos seis maiores volumes captados, com valores entre R$ 4,5 milhões e R$ 5 milhões, também é mais parelho, com duas captações da CapTable, duas da SMU, uma da EqSeed e uma da Kria.
O volume ainda é uma gota d’água frente ao conjunto de todo venture capital investido no país, que chegou a US$ 9,4 bilhões em 2021.
E por último, o êxito futuro das plataformas vai ser influenciado pelo sucesso das startups selecionadas para investimento, que, no final das contas, é o que vai dar retorno aos investidores.
Mesmo um player que hoje é menor em volume pode tirar a sorte grande com um novo unicórnio, o que reforçaria a atratividade para os investidores no futuro, quando o mercado total será muito maior se as taxas de crescimento atual se mantiverem.
O cenário de incertezas na economia, mudanças constantes na taxa básica de juros e necessidade de diversificar os ativos investidos sinalizam que a tendência deve se manter.
“Nosso foco é atrair investidores que têm a visão que investir nesta modalidade pode trazer ganhos que nenhuma outra disponível no mercado é capaz de ofertar. Basta imaginar quanto tiveram de retorno os primeiros que investiram no estágio inicial de startups como 99, iFood e outros”, afirma Paulo Deitos, um dos cofundadores da plataforma.
Desde a sua criação, a CapTable atraiu 5,6 mil investidores ativos que aportaram mais de R$ 65 milhões em startups como Alter (fintech), Trashin (cleantech), Hiperdados (proptech/SaaS), Zletric (energy as a service), Finansystech (Open Finance as a Service), payfy (fintech), Easy B2B (B2Baas), Quadrado Express (retailtech), LeCupon (fintech), Weex (fintech/traveltech), Essent Agro (fintech/agrotech), Veriza (fintech), Play Delivery (Logitech) e outras.