
Valdinei Cornatione.
O grupo italiano Almaviva fez o primeiro grande sacode na Tivit, depois de adquirir a empresa brasileira de tecnologia em junho.
Os novos donos não promoveram nenhuma mudança radical, apostando em executivos com muitos anos de casa.
Valdinei Cornatione foi nomeado CEO da Tivit Brasil. Cornatione é um profissional de carreira da empresa, na Tivit desde 1997.
Nos últimos tempos, ele foi Chief Commercial Officer e antes liderou a oferta de outsourcing de TI da empresa por mais de uma década.
Leonardo Covalschi assumiu o cargo de CEO da Tivit Latam, com responsabilidade pelas áreas comercial, operacional e tecnológica da Tivit nos demais países da região.
Covalschi é argentino e entrou na Tivit em 2014, quando a empresa comprou a Synapsis, uma empresa chilena de tecnologia na qual o executivo era CEO. Desde então, ele respondia pelos negócios em nível latino americano.
Ambos se reportarão a Marco Tripi, presidente da Tivit e CEO global do grupo Almaviva, segundo comunicado da empresa divulgado nesta terça-feira, 7.
Paulo Freitas, que comandava a Tivit desde 2021 e havia sido mantido no cargo após a aquisição, passa a exercer a função de CFO Américas da Almaviva.
Ele será responsável pela coordenação financeira e estratégica das operações do grupo na América Latina e nos Estados Unidos, respondendo diretamente ao CFO global, Christian De Felice
O italiano Francesco Renzetti, diretor geral da Almaviva e membro do conselho de administração da empresa, foi nomeado vice-presidente executivo da Tivit e ampliará suas atribuições, incluindo as áreas de recursos humanos, jurídico e suprimentos.
Com as mudanças, a Almaviva diz que busca reforçar a integração entre as operações regionais e acelerar a expansão da Tivit em serviços de tecnologia, como computação em nuvem, cibersegurança, dados e inteligência artificial.
Ser adquirida pela Almaviva não deixa de ser uma espécie de viagem no tempo para a Tivit.
Isso porque a Almaviva é um player conhecido por sua atuação em contact center e terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês), e que está se reinventando como uma empresa de tecnologia.
É mais ou menos o ponto em que a Tivit estava em 2017, quando separou sua unidade de BPO, formando a Neobpo (hoje, apenas Neo).
A Almaviva está no Brasil desde 2006 e chegou a ser um dos maiores players do país no mercado de BPO e contact center.
Hoje, a empresa tem uma orientação diferente. Do faturamento de R$ 1,2 bilhão em 2024, 74% veio de ofertas de tecnologia, 22% da atuação em BPO e 4% da Almawave, uma divisão criada para focar em temas emergentes como inteligência artificial.
O relatório anual da Almaviva não detalha essa divisão para o mercado brasileiro, apenas informa que as três divisões estão representadas no país.