
Eduardo Carone, e CEO e fundador da Atlas. Foto: divulgação.
A Atlas Governance, solução focada na automatização da gestão de conselhos e comitês, acaba de receber um aporte de R$ 28 milhões em rodada série A liderada pela Volpe Capital.
Eduardo Carone, um ex-gestor de private equity que atua como conselheiro, teve a ideia de criar a Atlas em 2015, quando uma das empresas onde ele era board member teve um problema jurídico que levou ao bloqueio judicial dos bens dos conselheiros.
Seis meses antes, o board havia aprovado a contratação de um seguro, mas quando a companhia foi acioná-lo descobriu que o contrato não havia sido assinado.
Com o insight provocado pela situação, Carone contou ao Brazil Journal que resolveu criar um software que digitaliza todos os processos relacionados aos conselhos de administração, desde o agendamento das reuniões e o envio dos materiais de estudo até as votações.
As informações ficam concentradas no aplicativo, que também permite acompanhar o desenvolvimento dos projetos aprovados nas assembleias.
A startup faturou R$ 180 mil em 2018, R$ 1,7 milhão em 2019 e mais de R$ 6 milhões no ano passado.
Esse é o quarto aporte financeiro que a Atlas recebe. O primeiro veio do próprio fundador, no valor de R$ 1,5 milhão, o segundo, no mesmo valor, foi realizado por um grupo de 20 empresários e executivos.
Já o terceiro chegou em agosto deste ano: R$ 5,6 milhões vindos de um grupo de investidores que inclui Paulo Camargo, CEO do McDonalds Brasil, Leonardo Pereira, ex-presidente da CVM e Wilson Amaral, ex-CEO da Gafisa e atual do grupo Pacaembu.
Com o novo aporte, passam a integrar o conselho de administração da Startup Gregory Reider, sócio da Volpe Capital, e Marcelo Lombardo, fundador e CEO da Omie, plataforma de gestão de pequenas e médias empresas.
“Estamos muito felizes em poder apoiar o Edu e o time Atlas como um todo nesta próxima fase da companhia. A Atlas desenvolveu um produto fantástico, que já é líder na América Latina em um espaço curto de tempo, e tem todo o potencial para estender esta liderança globalmente", destaca Reider.
O valor captado deve ser investido na ampliação da operação da startup na América Latina, onde ela já tem presença em países como Argentina, Chile, México, Colômbia e Peru. No processo de expansão internacional, a empresa estima ser capaz de triplicar de tamanho.
A companhia também pretende investir no desenvolvimento de novos produtos, que serão lançados ao longo de 2022.
"Chegamos a receber propostas de cinco fundos diferentes, alguns com valores até maiores, mas a escolha da Volpe foi a mais acertada pela senioridade do time de gestão, o envolvimento que eles têm com suas investidas, pela rede de relacionamento no Brasil e fora do país, além do conhecimento técnico que aportam em suas startups", afirma Carone.
Para o próximo ano, as expectativas são altas: saltar de 160 colaboradores para 300, de 12 mil conselheiros para 40 mil e triplicar a base de clientes, chegando a uma carteira com 1,2 mil.
No portfólio da startup, estão clientes como Eletrobrás, CEMIG, Light, Hering, Iguatemi, Cyrela e Casa da Moeda Brasileira.