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Roberto Jabali, diretor-executivo de crédito, prevenção a fraudes e cobrança do BV (Foto: Divulgação)
O Banco BV, marca do Banco Votorantim, está realizando experimentos de simulação em computação quântica nas áreas de crédito, dados e segurança da informação com o Senai Cimatec, um dos principais centros de tecnologia e inovação do Brasil.
Segundo a instituição financeira, o objetivo é se preparar para as possibilidades que o setor pode vir a oferecer no futuro, uma vez que os desafios da atualidade são complexos demais para a computação clássica.
“No futuro, a tecnologia de Quantum terá o mesmo peso que hoje tem a inteligência artificial para os negócios”, prevê Roberto Jabali, diretor-executivo de crédito, prevenção a fraudes e cobrança do BV.
Inicialmente, o projeto será dividido em três níveis de impacto: de curto, médio e longo prazo.
No curto prazo, a instituição concentra esforços em gerar valor para as áreas de negócios, validando hipóteses por meio de uma cultura de experimentação, por meio de um simulador quântico do Senai.
A finalidade das teses é melhorar a precisão dos modelos clássicos de análise de crédito, prevenção a fraude e riscos.
Em uma perspectiva de médio prazo, a instituição desenvolveu um modelo simplificado que permite aos colaboradores internos conduzir experimentos em escalas menores usando algoritmos quânticos de forma autônoma. O próximo passo é a aplicação do sistema na sua rotina de trabalho.
Além disso, o BV realizou simulações de criptografia quântica com a área de segurança da informação.
“A adoção da computação quântica não é apenas uma opção, mas uma necessidade para empresas que desejam manter a confidencialidade e integridade de seus dados em um cenário de ameaças cada vez mais sofisticadas. O impacto no longo prazo, no entanto, só poderá ser medido quando o hardware estiver disponível para uso comercial”, explica João Gianvecchio, head de digital assets do BV.
Apesar da tecnologia ainda estar em fase de testes, a expectativa é que até 2025 ela esteja disponível para uso empresarial.
“Acreditamos que explorar e investir em computação quântica hoje é um passo crucial para prepararmos o BV para as mudanças que já são esperadas para acontecer nas próximas décadas. As empresas que não iniciarem essa exploração agora enfrentarão desafios significativos e podem ter que investir muito tempo e recurso para alcançar aquelas que já estão na vanguarda dessa inovação”, conclui Gianvecchio.
Fundado em 1991, o BV pertence ao Banco do Brasil e à família Ermírio de Moraes, atuando nos segmentos de crédito e financiamento para pessoas, corporate & investment banking, asset management e private bank.
Atualmente, é considerado o quinto maior banco privado brasileiro, com mais de 150 parceiros entre fintechs, marketplaces e outros.
O Senai Cimatec, em Salvador, na Bahia, integra centro tecnológico, centro universitário e escola técnica em uma infraestrutura que comporta 44 áreas de competência e 56 laboratórios que reúnem 1 mil profissionais, distribuídos nos 35 mil m² da sua sede.
A instituição possui mais de 130 patentes e outros ativos de propriedade intelectual registrados. Sua infraestrutura também abrange o Cimatec Park, um complexo tecnológico e industrial com área de 4 milhões de metros quadrados.