
Julio Cesar Fort, Tiago Ferreira e Wilberto Filho. Foto: Divulgação
A Blaze Information Security, uma empresa fundada em Pernambuco com foco em testes de intrusão, é até agora a única brasileira listada dentro do Bosch CyberCompare, uma espécie de catálogo de provedores criado pela gigante industrial alemã.
O CyberCompare é um comparador de ofertas de segurança operado pela Bosch, através do qual já foi intermediada a contratação de 440 projetos de segurança na área de tecnologia da informação, tecnologia operacional e Internet das Coisas em 320 empresas.
O serviço foi lançado para os mercados da Alemanha, Áustria e Suíça (os países de língua alemã na Europa, agrupados na sigla DACH) em 2021. O Reino Unido entrou também em 2022.
Até agora, 33 provedores estão listados, a grande maioria deles sediados na Alemanha (26) e com entre 100 e 500 funcionários, o que seriam organizações médias no nicho de segurança.
A Blaze, inclusive, aparece listada como uma empresa alemã, uma vez que tem uma operação em Berlim desde o ano passado. De fora da Europa, só duas empresas dos Estados Unidos e uma de Israel.
“O mercado de cibersegurança está ficando mais competitivo, nós queremos alcançar novos clientes, sair da bolha e ganhar destaque para sair na frente dos concorrentes, por isso estamos ampliando nossos serviços e nossa mensagem”, afirma Julio Cesar Fort, sócio e diretor de Serviços Profissionais da Blaze Information Security.
A Blaze Information Security fechou o ano passado com um faturamento de R$ 19 milhões, uma alta de 17% frente a 2021.
O foco internacional da empresa vem desde o começo da operação, em 2016.
Fort, por exemplo, mora na Polônia, onde trabalhou em algumas empresas do setor de segurança da informação. Assim como Tiago Ferreira e Wilberto Filho, co-fundadores e COO e CEO da empresa, Fort trabalhou na Tempest.
A Tempest é uma grande empresa pernambucana na área de segurança e teve o controle adquirido pela Embraer em 2020.
A Blaze Information Security é especializada nos chamados “testes de intrusão”, ou, em uma variação mais sujeita a trocadilhos infames, testes de penetração (pentests, em inglês, é outra possibilidade).
Traduzindo, os 41 profissionais da empresa simulam um ataque real a sistemas de computadores, redes ou aplicativos, visando identificar vulnerabilidades e fraquezas nos sistemas de uma organização.
Como é comum no nicho de segurança, a empresa faz segredo sobre quem são seus clientes, dizendo apenas que a lista inclui organizações de pequeno, médio e grande porte, de diferentes setores como fintechs, petróleo e gás, varejo, tecnologia, e-commerce e startups.