
Alexandre Hohagen, sócio da BotMaker. Foto: Divulgação.
A BotMaker acaba de ingressar no mercado brasileiro. A companhia, que já atua nos Estados Unidos e na Argentina, é comandada por cinco sócios.
Os líderes da companhia são Alexandre Hohagen, ex-CEO do Google e Facebook na América Latina e US Hispanics; Alejandro Zuzenberg, ex-Gerente Geral do Facebook na América do Sul; Roberto Grosman, CEO da F.biz e ex-Google e Amazon; Julio Zaguini, ex-Google; e Hernan Liendo, principal conselheiro do Google na América Latina para clientes de cloud e co-fundador da ZupCat.
A empresa é responsável pela plataforma open source da BotMaker, para desenvolvimento de chatbots e voicebots.
“Tive contato com todos estes talentos trabalhando em empresas de tecnologia e acabamos montando um grupo multidisciplinar que soma competências únicas para construir um negócio centrado em inteligência artificial. Nosso acesso ao que de mais avançando está sendo desenvolvido nesta área nos garante uma grande vantagem competitiva”, pontua Alexandre Hohagen.
Fundada em 2016 por Zuzenberg e Liendo, tendo Hohagen como co-fundador e investidor, a BotMaker abriu escritórios em Miami e Buenos Aires, onde está seu centro de tecnologia
A empresa conta com uma carteira com 60 clientes dos Estados Unidos, Argentina, Brasil, Colômbia e Peru. Entre os nomes atendidos estão Mondelez, Santander, Danone, Sprint, Open English, Mercado Pago, Movistar, Decolar e Quilmes (InBev).
“O Brasil é um mercado muito estratégico para BotMaker dar um grande salto na América Latina. Nossa plataforma SaaS permite automatizar as conversas de texto e voz entre as empresas e os consumidores, gerando maior engajamento e vendas para nossos clientes. Os aplicativos de mensageria se transformaram no principal meio de comunicação e as empresas precisam estar prontas para atender e vender por estes canais”, afirma Zuzenberg.
A tecnologia da BotMaker é agnóstica e permite desenvolver bots tanto para chatbots quanto para voicebots em qualquer sistema operacional.
“A tendência de serviços de voz chegará também ao Brasil com gadgets como o Google Assistant e estamos prontos para criar bots para estes assistentes pessoais”, assinala Julio Zaguini.
O plano para 2018 é seguir avançando no mercado americano, especialmente para atender consumidores de língua hispânica, e ampliar a presença na América Latina.
“Em um ano já nos tornamos uma empresa lucrativa e em 2018 prevemos um crescimento de 500%. A partir do Brasil iremos avançar para novos mercados latinos e pretendemos também entrar no mercado de startups e de PMEs, que ainda não começaram a desenvolver seus bots. Empresas que contam com times de desenvolvimento conseguem facilmente usar nossa plataforma para criar seus próprios bots”, diz Hernan Liendo.
Os bots que utilizam a plataforma da companhia funcionam nos principais canais (apps de mensageria) de texto e voz – websites, Facebook Messenger, Twitter, Mercado Livre, Skype, Facebook Workplace e Telegram.
A estratégia de aceleração no Brasil da BotMaker é mais uma prova do aquecimento do mercado no país.
De acordo com um levantamento do Mobile Time, o Brasil conta hoje com pelo menos 56 empresas que desenvolvem chatbots. Juntas, as companhias já produziram cerca de 8 mil robôs, que trafegam aproximadamente 500 milhões de mensagens por mês.
No entanto, o segmento ainda não conta com grandes players de escala. De acordo com o estudo, 45% dos desenvolvedores de bots no Brasil são de pequeno porte, com no máximo 10 robôs publicados.
Outras 39% empresas são de porte médio, com entre 11 e 100 bots construídos. Apenas quatro empresas (7% da base), podem ser consideradas grandes, com centenas de bots lançados.