
Prefeitura de Campinas. Foto: Arquivo PMC
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) se juntou a um grupo de organizações para criar uma rede de colaboração voltada a investimentos e pesquisas sobre a tecnologia 5G em Campinas, interior de São Paulo.
O acordo inclui a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), PUC Campinas e a operadora TIM, além da prefeitura da cidade.
Chamada de Open 5G @ Campinas, a rede tem como objetivo fazer da região um polo de pesquisa e produção de tecnologias 5G, fazendo uso do conceito de inovação aberta ao compartilhar informações entre instituições e laboratórios.
O projeto terá como meta inicial a pesquisa e desenvolvimento em Open RAN, fatiamento de rede, inteligência artificial, core e edge computing, internet das coisas, robótica, entre outros.
“A intenção é trazer novos atores com atuação não só em Campinas, mas no cenário nacional, que tenham interesse em desenvolver ou testar soluções e aplicações 5G em vários segmentos, como saúde, educação, agronegócio, cidades e indústria”, explicou Sebastião Sahão Júnior, presidente do CPQD, ao Telesíntese.
Cada organização participante do projeto tem uma função. A TIM deve oferecer conectividade 5G para pesquisa e desenvolvimento de aplicações para as universidades e laboratórios de Campinas.
“As universidades vão nos dizer o que precisam em infraestrutura e vamos, então, instalar ali a antena, que poderá ser 5G em 3,5 GHz, 2,3 GHz, ou mesmo em ondas milimétricas”, explica Leonardo Capdeville, vice-presidente de tecnologia da empresa.
Já a Unicamp e a PUC-Campinas devem utilizar as demandas da rede para incentivar projetos de pesquisa e guiar o ensino tecnológico.
Além disso, a Prefeitura de Campinas também publicou no Diário Oficial o decreto 22.166/22. Nele, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de novas empresas que se instalarem na cidade será abatido com benefícios que duram de seis a 20 anos.
Isso inclui pequenas e médias que desenvolvam tecnologia, bem como data centers e desenvolvedores de software.
Conforme a administração municipal, a expectativa é que o decreto gere aportes de até R$ 4 bilhões na cidade em todas as áreas nos próximos três anos.