MÃO DE OBRA

China facilita visto para profissionais de tecnologia

Nova categoria dispensa a apresentação de um contrato de trabalho para morar no país.

03 de outubro de 2025 - 11:15
Foto: Depositphotos

Foto: Depositphotos

A China lançou nesta semana um novo tipo de visto para facilitar a entrada de profissionais da área de tecnologia e ciência no país.

Conhecida como Visto K, a categoria foi adicionada ao visto de trabalho geral da China e tem foco em profissionais estrangeiros formados em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O visto dispensa a apresentação de um contrato de trabalho no momento da solicitação, além de ter flexibilidade quanto à duração de permanência no país, ao período de validade e ao número de entradas permitidas.

Sem dar maiores detalhes sobre como será realizada a triagem, o país informou que fatores como formação educacional, requisitos de idade e experiência profissional deverão contar pontos.

Um aspecto importante, que pode ser considerado uma barreira para quem quer entrar no mercado chinês, é o idioma. 

Grande parte das empresas no país opera em mandarim, mas pessoas da área terão ajuda de universidades para aprender o básico, já que é preciso de dois a três anos para aprender o idioma.

Segundo informações do jornal chinês Diário do Povo, órgão do Partido Comunista, o país passa por um déficit de mão de obra qualificada na indústria. Ao mesmo tempo, o desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos se aproximou de 19% em agosto, o maior desde 2023.

Do outro lado do mundo, o governo Trump intensificou ações para tornar mais difícil a vida de profissionais e estudantes estrangeiros que querem trabalhar e estudar em solo americano.

Os Estados Unidos passarão a cobrar US$ 100 mil por ano de empresas que optarem por manter empregados com visto H-1B, muito utilizado na contratação de imigrantes em empresas de tecnologia.

Outra medida de Trump foi solicitar ações para cancelar e limitar emissões de novos vistos estudantis com o objetivo de restringir a entrada de estudantes internacionais em universidades americanas. 

O presidente também entrou em um embate com Harvard para proibir a matrícula de alunos de outros países e aumentou o número de prisões e deportações de estrangeiros.