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Cesar Gon.
A CI&T, uma das grandes empresas brasileiras de desenvolvimento de software, captou US$ 167 milhões, perto de R$ 1 bilhão, com sua abertura de capital na Bolsa de Nova York.
Hoje, a 49% da receita da CI&T vem dos Estados Unidos, 45% do Brasil e o resto da Europa.
Fundada em 1995 em Campinas, a empresa tem um faturamento da casa dos R$ 1,6 bilhão, incluindo aí a concorrente Dextra, adquirida recentemente.
A CI&T podia ter captado mais dinheiro, mas foi prejudicada pela desconfiança dos investidores em relação ao Brasil.
A empresa teve que baixar a faixa inicial de preço das ações em torno de 10%, passando de de US$ 17-19 para US$ 15-17.
No final, as ações sairam por US$ 15, avaliando a empresa em US$ 2,05 bilhões, e fechou o primeiro dia de trading a US$ 18,12.
Cesar Gon, um dos fundadores da CI&T, disse ao Brazil Journal que o desconto foi necessário por causa da situação política e econômica brasileira atual.
“Eu passei um ano conversando com investidores para apresentar a CI&T antes da oferta. As perguntas sobre o Brasil só apareceram agora”, resumiu Gon ao Brazil Journal.
De qualquer forma, a abertura coloca a CI&T no clube exclusivo das empresas brasileiras com capital aberto nos Estados Unidos.
Recentemente, a Zenvia, companhia de plataforma de comunicação e serviços móveis, levantou US$ 200 milhões com a sua abertura de capital na bolsa americana Nasdaq.
Depois da abertura, 37% da CI&T estão nas mãos da Advent e outros 53% estão com os fundadores e executivos.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário