DIREITO DO CONSUMIDOR

Dilma lista produtos para solução imediata


15 de março de 2013 - 17:06
Chega de estresse. Governo aumenta rigor no respeito ao consumidor. Foto: Flickr.com/quepasakoolj18

Chega de estresse. Governo aumenta rigor no respeito ao consumidor. Foto: Flickr.com/quepasakoolj18

A presidente Dilma Rousseff lança o Plano Nacional de Consumo e Cidadania, que reúne medidas para fortalecimento da atuação dos Procons e regularização do comércio eletrônico.

O pacote inclui uma lista de produtos considerados essenciais, cuja resolução de eventuais problemas tem de ser imediata à reclamação do consumidor – desde que o item esteja na garantia.

Os produtos que comporão a lista serão definidos em até 30 dias pela Câmara Nacional de Relações de Consumo, integrada pelos ministros da Justiça, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do Planejamento e da Casa Civil.

Conforme Dilma, o plano visa a ampliar o atendimento às demandas da classe média, que foi incluída em um mercado de consumo mais intenso e “precisa ser atendida”.

Quanto ao comércio eletrônico, o projeto define regras para a clareza nas informações prestadas aos compradores de lojas virtuais, especialmente sobre quem é o fornecedor de cada produto ou serviço.

Há também regras para informações de bancos. A lojas ficam, por exemplo, obrigadas a declarar a diferença de custos das tarifas bancárias individualizadas e nos pacotes.

Da mesma forma, os bancos têm de detalhar a composição dos custos nas operações de crédito e câmbio.

Os serviços de telecomunicações, campeões de reclamação nos Procons do país, também entram no plano, que inclui regras para comparação de preços de pacotes e serviços individualizados, além de padronização de normas para ressarcimento de clientes.

Mecanismos de combate à venda casada também estão previstos no plano.

Outra exigência é a criação de uma canal de atendimento ao consumidor nos sites de e-commerce, e que os mesmos tratem do direito de arrependimento de compra, ao invés de repassar isso ao fornecedor do bem adquirido.

De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, 70% das demandas em juizados de pequenas causas "têm a ver com direitos do consumidor" e custam cerca de R$ 1 mil cada processo.

Assim, ele crê que o novo plano do governo federal possa diminuir os conflitos entre consumidores e empresas no judiciário, o que permitirá economia de tempo e dinheiro a todos os mecanismos envolvidos.