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Zuckerberg pretende tornar 2023 em o Ano de Eficiência (Foto: Depositphotos)
A Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, realizou mais uma rodada de demissões nesta quarta-feira, 24, que afetou ao menos 6 mil pessoas.
Os desligamentos impactaram principalmente cargos de negócios, mas outros colaboradores, ligados a posições nas áreas de marketing, recrutamento, engenharia e user experience, também anunciaram o “fim do ciclo” em seus perfis no LinkedIn.
O corte faz parte do round que a Meta anunciou em março deste ano, previsto para atingir 10 mil colaboradores e congelar 5 mil vagas de emprego abertas ao longo do primeiro semestre de 2023.
Os outros 4 mil funcionários previstos já haviam perdido seus empregos em abril, segundo a Reuters, como resultado da queda no crescimento da receita em meio à alta inflação e a uma retração dos anúncios digitais da companhia.
No total, cerca de 21 mil pessoas já foram desligadas da Meta desde novembro do ano passado, cortando a força de trabalho da empresa em um quarto, conforme reporta o Tech Crunch.
Na época, a big tech comunicou a primeira leva de demissões, com o layoff de mais de 11 mil funcionários, o maior corte da história da companhia até então. O quadro de colaboradores foi, na ocasião, reduzido em 13%.
O movimento era uma resposta à queda nas receitas e ações da Meta — que perderam mais de dois terços de seu valor — e ao aumento da concorrência.
No terceiro trimestre de 2022, a empresa registrou um lucro de US$ 4,4 bilhões, queda de 52% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O ANO DE EFICIÊNCIA
As demissões recentes da Meta fazem parte do chamado “Ano de Eficiência”, desenhado pelo CEO, Mark Zuckerberg.
O plano foi abordado pela primeira vez pelo executivo em março desse ano, através de um post no site da companhia.
Segundo Zuckerberg, o objetivo é transformar a Meta em uma empresa de tecnologia melhor, bem como melhorar a sua performance financeira em um cenário difícil para que seja possível executar sua visão de longo prazo.
O cronograma incluía anunciar planos de reestruturação ao longo dos meses, cancelando projetos de baixa prioridade e reduzindo os níveis de contratação da companhia, o que acarretou também na redução do time de recrutamento da empresa.
“Será duro e não há como contornar isso. Isso significará se despedir de colegas talentosos e apaixonados que fizeram parte do nosso sucesso. Eles se dedicaram à nossa missão e eu sou pessoalmente grato por todo seu esforço. Nós apoiaremos as pessoas da mesma forma como sempre fizemos e trataremos todo mundo com a gratidão que merecem”, escreveu Zuckerberg.
De acordo com o executivo, quando a reestruturação chegar ao fim, a expectativa é suspender o congelamento de contratações, além de analisar o ano de trabalho híbrido realizado pela empresa para “refinar ainda mais o modelo de trabalho distribuído”.
Desde a redução do time no ano passado, Zuckerberg afirma que a companhia tem funcionado com mais agilidade. Agora, com um time mais enxuto, “as pessoas serão mais produtivas e seu trabalho será mais divertido e satisfatório”, acredita.
Conforme a CNBC, os investidores têm reagido positivamente aos cortes da Meta, levando as ações da empresa a subirem 180%, para US$ 245,74. No ano passado, o valor chegou a US$ 89.