TENDÊNCIA

Gigantes de cloud compram clientes

Microsoft leva 4% da bolsa de valores de Londres por contrato de nuvem.

13 de dezembro de 2022 - 08:34
Bolsa de valores de Londres é uma das maiores do mundo. Foto: flickr.com/photos/dfid/

Bolsa de valores de Londres é uma das maiores do mundo. Foto: flickr.com/photos/dfid/

A Microsoft comprou uma participação de 4% na bolsa de valores de Londres, como parte de uma negociação para adoção da nuvem Azure na LSE, uma das bolsas mais importantes do mundo.

A participação custou cerca de US$ 2 bilhões. A bolsa britânica se comprometeu a gastar US$ 2,8 bilhões em serviços de nuvem pelos próximos 10 anos.

Isso é só um valor base, explica o site The Information. A expectativa da Microsoft é chegar em US$ 5 bilhões. 

Tudo isso tendo em conta que a LSE já era cliente da Microsoft (assim como de outros grandes provedores de nuvem). O valor dos contratos atuais não foi revelado. 

Esse tipo de operação parece estar virando uma tendência, pelo menos com as grandes empresas operadoras de bolsas de valores, um nicho que é um consumidor de capacidade de computação e conectividade. 

Compra e venda de ações é um mercado no qual latência é chave (muitas compras são feitas automaticamente e precisam ser processadas em milésimos de segundo) e as bolsas de valores costumam ter seus próprios data centers, ou atuar com fornecedores especializados.

No ano passado, o Google Cloud aceitou colocar US$ 1 bilhão na CME, a maior bolsa de derivativos financeiros do mundo, baseada em Chicago.

Por outro lado, a AWS faturou um grande contrato com a Nasdaq, sem investir diretamente na badalada bolsa de ativos de tecnologia.